Luiz Guilherme Melo
Da equipe do Jornal Tréplica
Devido as comemorações do centenário da imigração japonesa, diversos eventos comemorativos têm sido realizados pelo Brasil. Manaus não ficou de fora e, no último dia 18, os fãs manauaras de desenhos japoneses receberam um presente: uma palestra sobre animés (como são chamadas as animações japonesas). O palestrante foi o produtor Keisuke Iwata, um dos grandes nomes da atualidade no mundo dos animes. Produziu sucessos como Pokémon, Neon Evangelion, Yu-GI-Oh! E Naruto, só para citar alguns. Ele trabalha há quase trinta anos na TV Tokyo e desde 1993 ocupa a produção de conteúdos de anime. A palestra, organizada pelo Consulado Geral do Japão em Manaus, foi realizada no auditório da Fieam, Av. Joaquim Nabuco, Centro.
Com o auxílio de uma tradutora, Keisuke contou um pouco dos bastidores de cada sucesso. Pokémon, por exemplo, começou com um game (as versões Green e Blue foram lançados no Japão em 1996), e como, na época, apenas os rapazes jogavam vídeo games, o personagem Pikachu foi escolhido para ser o protagonista - no game era apenas um coadjuvante - especialmente para atrair as garotas também. Além de relatar que o criador de Neon Evangelion, Hideaki Anno, é uma pessoa difícil e que ele é mais “louco” que o diretor de Kill Bill 1 e 2, o norte-americano Quentin Tarantino.
Antes de começar a palestra, Keisuke exibiu três curtas inéditos (dois de computação gráfica e um em 2D) do Festival Internacional de Animes de Tóquio. Os curtas, de acordo com o produtor, foram feitos por estudantes japoneses. E para um bom número de adolescentes e jovens que estavam no auditório, ele exibiu também um trecho da décima temporada de Pokémon. E para os fãs de Naruto, ele exibiu propagandas e três trailers para TV de filmes do anime, atualmente muito popular no Brasil. Foram os trailers dos filmes de 2005, 2007 e o inédito trailer de 2008, que nem os japoneses viram. “Os senhores são sortudos”, disse o produtor.
Ele deixou claro também que a parte de criação não é com ele, sendo que o produtor preocupa-se mais com as questões mercadológicas (o que vender e de que forma, o que o mercado quer...). Vale frisar que os animes de sucesso que ele produziu (Pokémon e Yu-Gi-Oh!, por exemplo) têm forte apelo comercial. Entre 1999 e 2002, por exemplo, era possível ver Pikachu e cia. estampados em vários tipos de produtos. Não é diferente com o atual sucesso, Naruto. Basta olhar as vitrines das lojas. Mesmo assim, ele disse que a pirataria e o site de vídeos Youtube têm afetado muito os lucros do mercado de animações.
Também, o “caçador de hits” (como se auto-definiu) relatou que está cada vez mais difícil achar a “galinha dos ovos de ouro”, ou seja, uma obra original que possa render um anime de sucesso mundial. Devido à escassez, Keisuke disse que tem peregrinado por outro terreno, pouco explorado ainda: os games.
Infelizmente, houve apenas cinco minutos para perguntas da platéia. Pouco para as muitas curiosidades que havia sobre o tema. Mas, vale destacar a pergunta de uma adolescente sobre a possibilidade de um mangaká (como é chamado o quadrinista japonês) brasileiro ter sua obra reconhecida no Japão e ser transformada num anime. Iwata foi bem realista e disse que ela deve se inscrever nos concursos promovidos no Japão. No entanto, ele contou que há milhões de japoneses que querem ter suas obras reconhecidas. "A chance de um mangaká japonês ter sua obra valorizada e transformada num anime é a mesma de alguém ganhar na loteria", disse.
No final da palestra, Keisuke Iwata foi cercado pelos jovens, autografou camisas e folhas de caderno, e posou para fotografias.
Com o auxílio de uma tradutora, Keisuke contou um pouco dos bastidores de cada sucesso. Pokémon, por exemplo, começou com um game (as versões Green e Blue foram lançados no Japão em 1996), e como, na época, apenas os rapazes jogavam vídeo games, o personagem Pikachu foi escolhido para ser o protagonista - no game era apenas um coadjuvante - especialmente para atrair as garotas também. Além de relatar que o criador de Neon Evangelion, Hideaki Anno, é uma pessoa difícil e que ele é mais “louco” que o diretor de Kill Bill 1 e 2, o norte-americano Quentin Tarantino.
Antes de começar a palestra, Keisuke exibiu três curtas inéditos (dois de computação gráfica e um em 2D) do Festival Internacional de Animes de Tóquio. Os curtas, de acordo com o produtor, foram feitos por estudantes japoneses. E para um bom número de adolescentes e jovens que estavam no auditório, ele exibiu também um trecho da décima temporada de Pokémon. E para os fãs de Naruto, ele exibiu propagandas e três trailers para TV de filmes do anime, atualmente muito popular no Brasil. Foram os trailers dos filmes de 2005, 2007 e o inédito trailer de 2008, que nem os japoneses viram. “Os senhores são sortudos”, disse o produtor.
Ele deixou claro também que a parte de criação não é com ele, sendo que o produtor preocupa-se mais com as questões mercadológicas (o que vender e de que forma, o que o mercado quer...). Vale frisar que os animes de sucesso que ele produziu (Pokémon e Yu-Gi-Oh!, por exemplo) têm forte apelo comercial. Entre 1999 e 2002, por exemplo, era possível ver Pikachu e cia. estampados em vários tipos de produtos. Não é diferente com o atual sucesso, Naruto. Basta olhar as vitrines das lojas. Mesmo assim, ele disse que a pirataria e o site de vídeos Youtube têm afetado muito os lucros do mercado de animações.
Também, o “caçador de hits” (como se auto-definiu) relatou que está cada vez mais difícil achar a “galinha dos ovos de ouro”, ou seja, uma obra original que possa render um anime de sucesso mundial. Devido à escassez, Keisuke disse que tem peregrinado por outro terreno, pouco explorado ainda: os games.
Infelizmente, houve apenas cinco minutos para perguntas da platéia. Pouco para as muitas curiosidades que havia sobre o tema. Mas, vale destacar a pergunta de uma adolescente sobre a possibilidade de um mangaká (como é chamado o quadrinista japonês) brasileiro ter sua obra reconhecida no Japão e ser transformada num anime. Iwata foi bem realista e disse que ela deve se inscrever nos concursos promovidos no Japão. No entanto, ele contou que há milhões de japoneses que querem ter suas obras reconhecidas. "A chance de um mangaká japonês ter sua obra valorizada e transformada num anime é a mesma de alguém ganhar na loteria", disse.
No final da palestra, Keisuke Iwata foi cercado pelos jovens, autografou camisas e folhas de caderno, e posou para fotografias.
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