quinta-feira, 31 de julho de 2008

A partir de segunda, CAC da Receita Federal no Centro vai atender dois novos serviços

A Delegacia Regional da Receita Federal no Amazonas informa que a partir de segunda-feira, 4 de Agosto, o Centro de Atendimento ao Contribuinte do Centro – CAC/Centro, localizado na Rua Marechal Deodoro, nº 27, prédio do Ministério da Fazenda, vai passar a atender os serviços de CNPJ – inscrição, alteração, baixa; e o serviço de Parcelamento de tributos.

Antes da mudança, os serviços eram só eram realizados pelo CAC do Shopping Cecomiz, que fica na Avenida General Rodrigo Otávio - Distrito Industrial. O CAC/Cecomiz continua a realizar todos os atendimentos de CNPJ e é o único que atende os serviços previdenciários.

O contribuinte que optar por receber o atendimento de CNPJ – inscrição, alteração, baixa; e o serviço de Parcelamento de tributos precisa fazer um agendamento prévio através do site da Receita Federal: http://www.receita.fazenda.gov.br/. Através do link e-CAC.

A Receita Federal ressalta que a maior parte dos serviços oferecidos nos CACs podem ser realizados pelos contribuintes através do site do órgão. Em 2007, foram mais de 42 milhões de serviços feitos através do site. Até o dia 30 de julho de 2008, o número de atendimento com certificação digital já tinha superado a marca de 93 milhões.

Este final de semana é da arte

##O espetáculo infantil de contadores de histórias e bonecos "Honorato a grande cobra", da Associação Amazônia Arte Mythos, estréia dia 1° de agosto no Centro Cultural Povos da Amazônia às 10h, a entrada é franca. Este espetáculo faz parte de um novo projeto da Mythos, intitulado "Contando Lendas", que produziu também a peça "Iara a deusa peixe" com estréia prevista ainda para este ano. O espetáculo tem uma linguagem dinâmica e divertida, levando a criança a conhecer uma das lendas mais interessantes da Amazônia e que aparece sob diferentes feições. Ora como uma cobra preta, ora como uma cobra grande de olhos luminosos como dois faróis. A imaginação amazônica mais floreada criou para este mito propriedades fantásticas; como diferentes formas encantatórias. Acreditam até, que alguns igarapés foram formados pela sua passagem que abre grandes sulcos nas restingas, igapós e em terra firme. Na Amazônia, ela toma diversos nomes: Boiúna, Cobra Grande, Cobra Norato, Mãe D Água, entre outros, mas independentemente de seu nome, Honorato é o senhor dos rios Amazônicos. Vale a pena conferir mais uma produção teatral feita com beleza e capricho para o público infantil. A produção executiva é de Narda Teles e João Taneda, com texto de Késsia Nóbrega que assina a direção junto com Diego Lima e tem no elenco Luzimar Santos e Mayara Dellacarmo.

## A peça infantil da Associação Amazônia Arte Mythos "Yawê, o pequeno peixe-boi" volta à cena todos os sábados de agosto ás 17h. no Teatro José Azevedo no Sesc da rua Henrique Martins com ingresso a R$5,00. Foi um dos espetáculos mais premiados do Estado do Amazonas no 3º Festival de Teatro da Amazônia. A peça é baseada no livro "Órfãos das Águas" de Wilson Nogueira que trata da extinção do peixe-boi amazônico, único da espécie no mundo. A peça foi adaptada e dirigida por Narda Teles e Paulo Queiroz. Na ficha técnica temos: músicas Paulo Queiroz, arranjos Paulo Marinho, fotografias Danilo Júnior, produção de campo e sonoplastia João Taneda, iluminação Diego Lima, elenco: Luzimar Santos, Diego Lima, Nana Reis, Eduardo Gomes, Mayara Dellacarmo e Denise Lima.


##Com entrada franca "Cici e as formigas" será a grande atração de domingo às 17h. no Teatro Chaminé, o espetáculo da Amazônia Arte-Mythos recebeu Menção Honrosa no 4º Festival de Teatro da Amazônia e a indicação de Melhor Ator e Melhor Atriz. É uma peça divertida e cheia de mistérios para as crianças resolverem. Trata da questão do aquecimento global e suas repercussões no Amazonas. O texto, as músicas e a direção são de Narda Teles e Paulo Queiroz, produção e sonoplastia João Taneda, iluminação Diego Lima, arranjos musicais César Serafim, elenco Késsia Nóbrega, Denise Lima, Wani Batista, Mayara Dellacarmo, Diego Lima e Luzimar Santos.

##O ministério de Pantomima jovem da Igreja Batista da Chapada apresenta neste domingo (03/08) a peça "O Novo Mundo de Chaplin". Em mais uma realização do grupo de pantomima do Amazon Jovens, a peça vai apresentar uma nova visão de Carlitos (Chaplin) e promete colorir a vida do público com uma mensagem de vida e amor, relembrando um dos grandes mestres do cinema e da pantomima. O evento será realizado no auditório da Igreja Batista da Chapada, na Avenida Djalma Batista, 127, próximo ao Amazonas Shopping. O espetáculo será encenado em três horários as 16:00, 18:00 e 20:00h. A entrada é gratuita.

O que é pantomima?

É um teatro gestual que faz o menor uso possível de palavras e o maior uso de gestos. É a arte de narrar com o corpo. É uma modalidade cênica que se diferencia da expressão corporal e da dança, basicamente é a arte objetiva da mímica, é um excelente artifício para comediantes, cômicos, palhaços, atores, bailarinos, enfim, os intérpretes. A pantomima costuma impressionar e chamar a atenção da platéia por ser de fácil assimilação, chamar a atenção e ser praticamente universal.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

I Concurso Amazonense de Piano

Segundo dia terá provas eliminatórias e apresentação do Trio Bonsai.

Divulgação/SEC

O Trio Bonsai formado por Mané Silveira (sax e flauta), Paulo Braga (piano), e 'Guello' (percussão) lançou seu primeiro CD, "Bonsai Machine" em 1997 e logo foi considerado pela crítica especializada como um dos melhores lançamentos daquele ano.

Na quinta-feira (31), o destaque da programação do segundo dia do I Concurso Amazonense de Piano Maria Izabel Desterro e Silva é a apresentação, às 20 horas, no Teatro Amazonas, do grupo instrumental brasileiro Trio Bonsai. Pela manhã, às 9 horas, acontece no Centro Cultural Palácio da Justiça e no Teatro Amazonas a primeira etapa das provas eliminatórias para os cinco finalistas da categoria popular e os dez da categoria erudita do concurso. Em ambas as modalidades, os três vencedores ganharão prêmios especiais, sendo que o primeiro colocado levará um piano de 56 teclas, o segundo será contemplado com um valor de R$ 2 mil e o terceiro, R$ 1 mil.

Ainda haverá outros prêmios para os destaques do concurso. O prêmio Marineuza Abecassis concedido ao melhor intérprete da peça de confronto de Cláudio Santoro e o prêmio Arnaldo Rebelo para a melhor interpretação da peça de Chico da Silva.

O concurso contará ainda com o prêmio Revelação Lindalva Cruz (para os participantes da modalidade erudita) e o prêmio Jerusa Mustafa (para os candidatos do repertório popular). Todos os vencedores das premiações especiais serão agraciados com o valor de R$ 1 mil e troféus individuais. No total, o evento contará com o aporte na ordem de R$ 30 mil.

Fonte: SEC

Novela da Band em exibição nos EUA

A novela “Paixões Proibidas”, uma co-produção da TV Bandeirantes com a Rádio e Televisão Portuguesa (RTP) está sendo exibida na TV americana desde o dia 16 de julho pela Azteca América, canal destinado ao público hispânico nos Estados Unidos.

No Brasil, a novela não ultrapassou a marca de 2 pontos no Ibope. De acordo com a assessoria de imprensa da Band, o vice-presidente da Azteca América ressalta: "em nossa busca global por exibir as melhores novelas para nossa audiência, encontramos essa jóia chamada Paixões Proibidas. Cenários espetaculares, atuações fenomenais, esta novela tem tudo para conquistar os corações de nossos telespectadores", afirma Harry Abraham-Castillo.

No movimento da "Parintinada"

Na edição de hoje (30) do jornal Diário do Amazonas, a coluna Claro e Escuro trouxe a informação da existência de um vídeo dos bastidores da transmissão do Festival Folclórico de Parintins.


No vídeo disponível no site YouTube tem duração de pouco mais de 9 minutos. Nele a apresentadora Patrícia Maldonado refere-se ao apresentador oficial do boi Caprichoso como "não é mais chato por falta de espaço". Já Datena abusa dos palavrões e das ironias. "Vamos fazer o movimento da 'parintinada'. Amazonas independente do Brasil em nível nacional".


Divulgação/Band

Datenta, na apresentação do Brasil Urgente


O video sofreu um processo de edição de imagens e a Band, em resposta ao site Portal Imprensa, disse que "A Band faz questão de ressaltar que, em nenhum momento, mesmo fora do ar, os apresentadores reclamaram do evento. Ao contrário, preocupado em fazer a melhor transmissão, Datena chega a sugerir um ritmo diferente no corte das imagens: 'tem muita coisa bonita aí, fala pra cortar mais rápido, pra mostrar mais coisas', diz à equipe. O vazamento de trechos editados dos bastidores evidencia a vontade de produzir o sensacionalismo".

Falha deles

A edição de quarta-feira (30) do Jornal A Crítica cometeu um pequeno deslize ao repetir uma mesma informação em duas matérias com lead (primeiro parágrafo do texto jornalístico) iguais.

Na página A14 do caderno de Economia da edição nº 20.586 do informativo, a chamada da matéria sobre a decisão da Receita Federal de acabar com a declaração anual de isento era a seguinte: “Isentos não mais farão declaração”.

Na mesma edição, só que na página A16 do caderno de Economia, a informação foi repetida com o mesmo lead, alterações na escrita da segunda parte do texto e a mudança no título da notícia que dessa vez foi: “Receita acaba com declaração de isento”.

Candidatos à Prefeitura debatem na TV Rio Negro

A TV Rio Negro, canal 13, afiliada da TV Bandeirantes no Amazonas vai realizar nesta quinta-feira (31), às 21 horas, hora Manaus, o primeiro debate entre os candidatos à Prefeitura de Manaus.
Serafim Côrrea, Omar Aziz, Ricardo Bessa, Luiz Navarro e Francisco Praciano confirmaram presença. Já Amazonino Mendes da coligação "Manaus, um futuro melhor" confirmou que não participará do debate que segundo ele é uma "pegadinha". Mendes está traumatizado desde aquele debate realizado em 2004 quando ele foi para o segundo turno com o atual prefeito Serafim Côrrea. Serafim disse que ele estava devendo o IPTU e Amazonino ficou sem palavras diante das câmeras.

“Pantanal” desbanca Record

Na noite de terça-feira (29) a exibição pelo SBT da novela “Pantanal”, autoria de Benedito Ruy Barbosa, produzida pela extinta TV Manchete em 1990, bateu recorde de audiência marcando 18 pontos de média com picos de 21. A trama ficou no segundo lugar de Audiência desbancando a novela “Chamas da Vida” (Record) que marcou 14 pontos de média. No mesmo horário da exibição de “Pantanal” a Globo marcou 24 de média.

No embate direto entre “Pantanal” e o game-show “O Jogador”, a história de Juma Marruá marcou o dobro do ibope da Record. De acordo com dados do Ibope, foram 18 para “Pantanal” contra 9 para “O Jogador”.

O sucesso de "Pantanal" impulsionou a audiência do "Cine Espetacular". Com a exibição do filme “Mr. Nice Guy – Bom de Briga”, a sessão de filmes ficou na vice-liderança de audiência com 9 pontos de média.

Na TV Globo, “Ciranda de Pedra” fez 23, “Beleza Pura” 29, e “A Favorita” marcou sua maior audiência até agora: 41 pontos com picos de 46.

“Os Mutantes” chegaram a picos de 17 pontos, mas ficaram com uma média relativamente baixa, apenas 14 pontos.


Cada ponto no Ibope equivale a cerca de 55,5 mil domicílios na Grande São Paulo.

E o troféu jaca verde vai para...

A repórter do jornal A Crítica Joana Queiroz que na sua matéria publicada hoje (30/07) no caderno de Cidades (C7), sobre o assassinato de um jovem dentro de uma lan house no bairro da Redenção, cometeu erro primário. Tudo bem, errar é humano, ainda mais para o repórter cuja rotina é agitada, mas, o que custa um pouco mais de cuidado na hora da apuração? Principalmente na questão dos nomes. Ela errou o nome da Escola Estadual Maria Rodrigues Tapajós. Ao invés do Tapajós ela escreveu Furtado. Erro pequeno? Nem tanto. A lan house onde o jovem foi morto fica na rua Goiânia, a mesma rua do colégio. E o nome da escola está no seu muro em letras garrafais. É dificil acreditar que a culpa do erro foram os entrevistados já que o colégio é um dos mais conhecidos da zona Centro-Oeste de Manaus.

terça-feira, 29 de julho de 2008

Trabalho escravo

120 após a assinatura da Lei Áurea, a escravidão ainda persiste no Brasil


No primeiro semestre deste ano, 54 ações do Grupo Especial de Fiscalização Móvel do Ministério do Trabalho e Emprego resgataram 2.269 pessoas em condições de escravidão. O Pará é o estado recordista de denúncias e libertações.

Fotos:Naila Oliveira/MTE

Auditores fiscais em ação nas operações do Grupo Móvel

Apesar de haver uma legislação rigorosa (artigo 149 do Código Penal Brasileiro) que proíba a escravização de trabalhadores, a prática de manter seres humanos em condições análogas à escravidão ainda é uma realidade no país. O levantamento das ações de fiscalização realizadas no primeiro semestre de 2008 pelo Grupo Especial de Fiscalização Móvel do Ministério do Trabalho e Emprego, divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) hoje (29), demonstram que no Brasil ainda persistem casos de escravização de trabalhadores.

De acordo com a assessoria de imprensa do MTE, o Pará é o estado recordista em denúncias e libertações de trabalhadores. Só neste estado da Região Norte foram realizadas 15 operações no primeiro semestre, com 426 resgatados.

As situações mais comuns encontradas pelos auditores são a falta de alojamentos adequados e sem a mínima higienização e conforto; a não utilização de equipamentos de segurança; a carga horária excessiva; e a cobrança no salário do trabalhador das despesas com comida, equipamentos de segurança, remédios, alojamentos e outras necessidades básicas que devem ser de responsabilidade do empregador.

Segundo Marcelo Campos, coordenador nacional do Grupo Móvel, a exploração escrava moderna se caracteriza por fatores bem específicos, tendo o cerceamento da liberdade do trabalhador - seja por não oferecer condições de locomoção ou mantê-lo sob vigia; obrigá-lo a trabalhar por dívida; submetê-lo a jornadas exaustivas ou a condições de trabalho degradantes, hipóteses que caracterizam o trabalho análogo ao de escravo. Campos ressalta ainda que "A dívida do trabalhador com o empregador é a forma mais comum de servidão. Como ele (trabalhador) acredita que deve ao patrão, trabalha para quitar essa dívida que nunca é saldada, pois a cada mês ele adquire mais despesas".

De 1995 a 2008, as ações do Grupo Móvel do MTE já resgataram um total de 30.036 trabalhadores. O recorde de libertações foi em 2007 quando 5.999 pessoas foram retiradas de condições degradantes em 116 operações realizadas em todo país. As ações realizadas este ano resultaram no pagamento de R$ 3,5 milhões em indenizações trabalhistas.

Desde 2004, o Governo Federal conta com um cadastro que impede os empregadores flagrados praticando a exploração da mão-de-obra análoga à escrividão obterem empréstimos em bancos oficiais do governo. Estes empregadores também passam a integrar a lista das empresas pertencentes à "cadeia produtiva do trabalho escravo no Brasil". O cadastro é utilizado pelas indústrias, varejo e exportadores para a aplicação de restrições e não permitir a comercialização dos produtos advindos do uso ilegal de trabalhadores.

Fonte: Assessoria de Imprensa MTE

Hairspray terá continuação

A continuação de Hairspray (2007) deve chegar aos cinemas em 2010. Todo o elenco do primeiro está confirmado para a sequência, principalmente Jonh Travolta que voltará a interpretar a obesa Edna Turnblad. A personagem de Travolta ajudou o filme a arrecadar US$ 200 milhões no mundo.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Papo F!losóf!co

Narda Teles*


Eta, educação ruim! De quem é a culpa?


Lançando um olhar ao ensino, à instrução; sabemos que a educação é um fator de críticas constantes nos tempos atuais. A expansão do analfabeto funcional - aquele que lê e não compreende o que leu - é avassaladora. Diante deste patamar, caracteriza-se um problema grave em nosso país: a falta de produção de conhecimento crítico.

Para realizar esta produção é necessário mais do que saber, é preciso raciocinar. Afinal todos os seres possuem seu pathos e através deles realizam suas atividades de sobrevivência no mundo. Porém, só o homem é capaz de fazer sua inteligência debruçar sobre si mesma para tomar posse de seu próprio saber, avaliando sua consistência, seu limite e seu valor. O homem sabe que sabe e reflete sobre este saber; a isto chamamos de consciência. Mas, vivemos um momento intrigante, a prevalência da ignorância.

As escolas, por vários motivos de infra-estrutura, não dão conta de uma educação de qualidade. O governo e as universidades só se preocupam em formar técnicos para abastecer o mercado de trabalho. A família desestruturada não ensina a importância de aprender. Os meios de comunicação, em sua maioria, tornaram-se alienadores a serviço do poder e em busca de ibope. E as pessoas, denominadas de “massa”, são os marionetes neste processo de degradação da consciência. Estes dados são colaboradores para termos hoje um homem oco, vazio, sem conhecimento, sem identidade. Este homem não produz crítica, não argumenta, não raciocina; ele foi tolhido de um direito primordial: liberdade de pensamento. Tudo o que este indivíduo escreve é pautado no senso comum; juízos frágeis sobre determinados assuntos. Opiniões que foram repetidas irrefletidamente no cotidiano até se tornarem exatas e que podem ser perigosas se consideradas verdadeiras. Elas podem estar carregadas de idéias falsas, parciais ou preconceituosas. Outras podem até revelar profunda reflexão sobre a vida, como os saberes populares. No entanto, a todas elas falta fundamentação sistemática. É aí que nosso aluno produz pensamentos sem coesão e sem coerência. Primeiro porque não desenvolveu sua consciência crítica, depois por não ter adquirido conhecimentos básicos gramaticais para se expressar claramente. Um exemplo disto são as redações do vestibular, cheias de erros gritantes, desinformação, pensamentos soltos, sem nexos e crenças vergonhosas.

São produzidas por alunos finalistas do Ensino Médio, que não sabem ler nem escrever com propriedade. Não pesquisam, não conhecem poesia, arte, literatura, história, valores... Elementos essenciais para se argumentar e elucidar um pensamento, uma idéia. Perderam a curiosidade, o questionamento, a consciência. Estes futuros profissionais são incapazes de olhar o mundo de forma científica / filosófica, buscando compreender o que são as coisas. Assim sendo, concluímos que essa incapacidade duplica em se tratando de olhar o mundo de forma crítica, avaliando e questionando esta realidade.

Diante de tal situação perguntamos: o que aconteceu com a Escola? Afinal ela é a instituição especificamente organizada para transmitir seletivamente a herança cultural à sociedade. Seus conteúdos são arcaicos? Faltam professores especializados? Está difícil concorrer com os games, a TV, as drogas e a internet? Será ela a única culpada pelo péssimo resultado educacional em nosso país? Sabemos que todos esses problemas existem; no entanto, não podemos esquecer que a maneira como a escola está organizada é o resultado da organização da sociedade como um todo. Isto significa que uma sociedade sem ética, sem ethos, corrupta e violenta é o quadro de um povo sem sabedoria. O que estamos aprendendo nas escolas não é sabedoria de vida. Estamos aprendendo, e mal, tecnologias, estamos acumulando informações. No filme Sociedade dos Poetas Mortos, o professor diz aos alunos: “Medicina, engenharia, física, química são coisas excelentes. Não podemos viver sem elas. Elas nos dão os meios para viver, mas não são capazes de nos dar razões para viver”.

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Dentro das Universidades as coisas não são muito diferentes, há uma relutância de parte da administração acadêmica em indicar os valores de vida de seus assuntos. Nos conteúdos abordados dentro das ciências, e isso inclui antropologia, lingüística, o estudo das religiões e assim por diante, há uma forte tendência à especialização. E a especialização tende a limitar o campo de problemas de que o especialista se ocupa. Assim ele não amplia seu olhar para problemas que são mais genuinamente humanos do que especificamente culturais. Isto porque a sociedade contemporânea está caracterizada pela valorização das ciências e tecnologias num âmbito tão profundo que o homem afastou-se de si mesmo. A educação centrou-se nas ciências, e os sujeitos ficaram com dificuldade de sentir, perceber, refletir e expor expressivamente suas idéias, seus sentimentos, suas informações. O homem não interage mais com a realidade. Em virtude desta situação temos vários trabalhos acadêmicos que não possuem, como dizia em suas aulas a Professora Jacirema Chacon, “uma concatenação perfeita entre as diversas frases, sempre em busca de uma unidade de sentido.” Isto é, as pessoas redigem sobre um conhecimento adquirido no cotidiano sem uma análise precisa, coerente e sistemática. A atual “formação” dos indivíduos, torna-os alheios à importância de se produzir pensamentos transgressores sobre nossa realidade. E isto empobrece o indivíduo e o meio em que ele vive, empobrece a qualidade de sua vida.

Outra forte instituição a ser pensada é a família, pois ela tem a maior influência na formação do indivíduo. Ela pode ser definida como um agrupamento social primário, pois é o primeiro ambiente a que pertencemos. Porém, esta instituição tem passado por constantes mudanças, principalmente após a Revolução Industrial, criando um novo padrão familiar. Atualmente temos: o divórcio, mulheres sustentando o lar enquanto o homem cuida da casa, o abandono de crianças, a competitividade no emprego que faz os pais não darem atenção aos filhos, alguns homens ou mulheres optando pela produção independente e até por não ter família. Contudo, no meio de tudo isso, a responsabilidade de quem escolheu ser pai ou mãe tem de ser assumida na íntegra. É fácil para os progenitores culparem a escola e os professores pelo fraco desempenho de seus filhos e não analisarem sua própria conduta. Pois a maioria dos pais não ensina os valores da vida, são alheios; acham que educar é levar ao colégio, dar casa, comida, roupa e transporte. Humanos não se criam assim, não são cachorrinhos de estimação nem bichinho de pelúcia; eles vão desenvolver seus próprios valores se não tiverem um como parâmetro. Assim, se formam gangues com suas próprias leis, que na maioria das vezes diverge das leis do país, da sociedade. Por isso temos crianças e adolescentes pobres ou ricas, matando, roubando, desrespeitando etc. Ter uma família é mais do que ser gerador, é ter a responsabilidade de desenvolver o melhor de outro ser. Sem um trabalho familiar é impossível a escola educar sozinha.

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Mais um gravame é a influência e o interesse da classe dominante (como o governo, as corporações, a religião e os meios de comunicação) de difundirem modelos prontos à sociedade, onde todos são levados a ter as mesmas idéias, desejos, modos de vida etc. De maneira desavergonhada, em nome de uma falsa democracia ou do lucro a qualquer preço, injetam todos os dias, ideologias massificadas e alienantes na mente das pessoas. Essa deformação da consciência produz uma sociedade cega. E talvez como nas tragédias gregas, terminemos como Édipo, que furou os dois olhos por acreditar que ambos não o faziam ver com clareza. Ele não enxergou a cruel realidade estampada diante de seus olhos. Por isso não a “estranhou”. Refletir é estranhar as verdades absolutas, é estranhar o que nos parece habitual.

Por isso acreditamos que o homem está à deriva; a comprovação disto é o pouquíssimo conhecimento desenvolvido nas instituições de ensino. É o Estado de violência que vivenciamos. É a miséria que desfigura o corpo e a alma. A mente do estudante está cheia de desacertos, deslizes, equívocos; os alunos não possuem ciência. Diante da dificuldade muitos não se empenham em vencer o desafio, estudam com superficialidade. Apenas uns poucos adquiriram o conhecimento necessário para produzir teses. E por quê? Como dissemos acima, há problemas nas escolas, nos professores, nas famílias, no governo etc. Mas na verdade, é uma responsabilidade de todos. Educar precisa ser um compromisso da nação. É muito fácil jogar a responsabilidade nos outros e não colaborar na melhora deste processo. Isto mostra o quanto nossa sociedade é antidemocrática, pois todos têm a responsabilidade de ampliar o saber, mas não é isto que acontece na prática.

Aos que aceitaram o desafio de aprender, certamente cresceram intelectualmente, não se acomodaram com poucos aprendizados técnicos, considerados suficientes para a sobrevivência. Já dizia Albert Einstein: “O pensamento científico tem um olho aguçado para métodos e instrumentos, mas é cego quanto a fins e valores. Fruto do intelecto, a ciência pode determinar como as coisas são, mas não o que devem ser.” No fundo nossa possibilidade de erudição está limitada, tornamo-nos apenas uma peça na fábrica capitalista mundial. E se isto não mudar pereceremos, pois já vivenciamos a decadência intelectual e humana. Para retomar o caminho vivificador do conhecimento e da dignidade é importante que as pessoas se expressem com nitidez, com encadeamento lógico, com o poder do verbo. Assim, sua mensagem será ouvida e ampliada no orbe, será transformadora, libertadora; enquanto aquele que não tem saber passa despercebido, não ecoa no espaço, é estéril.
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Afinal o pensamento crítico tem a importância de transgredir o supérfluo, para denunciar, para construir, para viver. E quando realizamos tal empreitada vemos muito mais do que as coisas aparentes, nós pensamos, sentimos e recriamos nosso cotidiano. Nós acendemos humanamente, amadurecemos nossa alma. Contudo, isto só é possível quando temos o domínio da palavra, da leitura, da reflexão; só assim expressaremos nossos pensamentos ou idéias com lucidez; como também pensaremos criticamente nossa realidade, nosso mundo. Tal tarefa é difícil para um povo que é influenciado a não estudar, não entender, não decifrar, não interpretar, não se sensibilizar. O controle do Estado sobre o homem é tão forte e dissimulado, que nem percebemos que somos manipulados. Mas há resistência, há gente meditando, discorrendo, cogitando, imaginando e sonhando o meio em que vivemos. E uma das maneiras magníficas de se realizar tal feito é através da filosofia e da arte.

Uma nasceu da racionalidade, a outra da sensibilidade, mas ambas tem a capacidade de questionar e denunciar esse processo de “colonização” da vida humana. Denunciar o automatismo e o mecanicismo de uma ordem social imposta pela classe dominante; e conseqüentemente, apontar caminhos e possibilidades de voltarmos a ser uma coletividade mais justa e livre.

*Atriz, professora de Filosofia e diretora de teatro

sexta-feira, 25 de julho de 2008

A Favorita bate recorde de audiência

Nesta quinta-feira (24), a novela “A Favorita”, escrita por João Emanuel Carneiro, atingiu a maior audiência desde a estréia. Foram 40 pontos de média, conforme o Ibope. Até agora, “A Favorita” mantém uma média de 36 pontos na Grande São Paulo, o pior desempenho de uma novela das oito da TV Globo.

Na quarta-feira (23), quando a personagem Donatela (Cláudia Raia) descobriu que o comparsa Silveirinha (Ari Fontoura) estava abrigando a rival Flora (Patricia Pillar) no apartamento dele, a novela marcou 39 pontos de média.

Também na Quinta

A reprise de “Pantanal”, escrita por Benedito Ruy Barbosa, e exibida pelo SBT também marcou sua melhor média na quinta-feira, superando em momentos de pico de audiência a novela “Chamas da Vida”, da Record. No placar, segundo a aferição do Ibope, “Pantanal” chegou a picos de 19 pontos, mas empatou na média com “Chamas da Vida”, ambas com 16 de audiência.

Na mesma noite, "Beleza Pura" marcou 30 pontos e "Os Mutantes", 16.

Cada ponto no Ibope equivale a 55 mil domicílios na grande São Paulo.

Filosofar

A Vida e as conquistas do Imperador Romano Júlio César são o tema da palestra que o professor Leandro Botelho vai ministrar com entrada franca no sábado (26), às 20 horas, na Organização Cultural Internacional Nova Acrópole, localizada na Avenida Grande Otelo, 451B – Parque 10.

Além da apresentação da biografia do imperador, a palestra pretende refletir os valores que impulsionaram suas grandes conquistas.

A Organização Cultural Internacional Nova Acrópole está presente em mais de 50 países no mundo e tem como proposta, promover uma Cultura Ativa, que desperta as capacidades do homem e o resgate dos valores atemporais, através do conhecimento comparativo das artes, ciências e filosofias. A organização realiza palestras, recitais de poesia, eventos educativos, obras sociais e ecológicas.

Outras informações sobre as palestras e cursos oferecidos pela instituição podem ser obtidas através do telefone 3642 – 2477.

Manaus vai sediar Festival Literário Internacional da Floresta

O primeiro festival internacional foi concebido para ser um momento de celebração da literatura entre autores e leitores e é uma iniciativa de escritores amazonenses, editora valer e grupos empresariais da cidade.

De 18 a 22 de Novembro, Manaus vai sediar o 1º Festival Internacional da Floresta (Flifloresta). O evento vai tratar da literatura direcionada às questões ambientais e tem o objetivo de promover a leitura e o contato dos leitores com escritores da Amazônia, de outras regiões do país, da América Latina e outras partes do mundo.

Durante a semana do festival literário, debates em universidades e escolas de ensino fundamental e médio tratarão da importância da reflexão, a partir da perspectiva literária, dos temas contemporâneos enfatizando o meio ambiente e a Amazônia.

O proprietário da Editora Valer, Isaac Maciel, ressalta que o 1º Flifloresta além de ser um festival sobre literatura, oferecerá aos participantes atividades paralelas a respeito da literatura voltada ao meio ambiente. “Temos convidados da América latina e de diversas partes do mundo”, disse Maciel.

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Os autores Márcio Souza, Luiz Bacellar, Elson Farias e Thiago de Mello cederam seus direitos autorais para possibilitar a distribuição gratuita de 100 mil livros durante o evento. No site do Flifloresta 400 obras integrais da literatura universal, brasileira e regional estarão disponíveis para leitura e download gratuitos".

Cinco escritores estrangeiros, vinte da Amazônia e dez de outras regiões do país, integrarão as mesas temáticas, palestras, além de fazerem o lançamento de obras inéditas no evento. Ao todo, serão oito mesas temáticas e 16 palestras. A programação do festival será estendida aos municípios vizinhos a Manaus.

A poetisa Violeta Branca, primeira mulher a se destacar na literatura do Amazonas e a primeira a integrar uma Academia de Letras no Brasil, e o poeta Luiz Bacellar, em comemoração aos seus 80 anos de vida, serão os homenageados do evento.



Florestinha
Além das oficinas e palestras voltadas aos jovens e adolescentes, o 1º Festival Literário Internacional da Floresta também vai buscar os leitores mirins. Para tanto, haverá uma programação particular, por meio de um evento paralelo intitulado de Florestinha, dedicado ao público infanto-juvenil. O Florestinha tem o objetivo de aproximar as crianças dos livros.


Site oficial do evento: http://www.flifloresta.com.br/


Texto: Assessoria Valer e Redação do Tréplica.
Fotos: Assessoria Valer

A Tardinha cai


Rio Negro, Amazonas


Golaço de Letra

Luiz Guilherme

Desde 2003, quando o campeonato brasileiro passou a ser disputado por pontos corridos, não se via um brasileirão tão disputado. Demorou. O brasileirão desse ano que parecia ser "mais um" teve um começo emocionante, com direito a surpresas. A começar pela liderança rubro-negra, clube que desde 2003 amargava posições negativas na tabela, chegando a brigar, inclusive, para não ser rebaixado. Surpresas apareceram, uma delas é o Vitória, que antes do início do campeonato nunca chegou a ser mencionado como um dos favoritos ao título. Detalhe importante: neste brasileirão nenhum torcedor pode comemorar antecipadamente porque está tão disputado que a diferença entre o líder e o quinto colocado é de apenas quatro pontos.


Ontem o Grêmio humilhou o Figueirense por 7 a 1 em Florianopólis e assumiu a liderança. Agora o tricolor gaúcho está com 28 pontos e o rubro-negro carioca com 27. Isso quer dizer que Flamengo, Vitória, Palmeiras e Cruzeiro estão mortos? Muito pelo contrário, domingo mesmo o Flamengo pode voltar à liderar, algum dos três mais bem colocados pode assumir ou, é claro, o Grêmio pode permanecer. Finalmente voltamos a ter aquelas emoções e expectativas dos tempos do "mata-mata".


#O clássico de quarta-feira entre Vasco e Fluminense foi emocionante. Mas, o empate em 3 a 3 não foi bom para os dois lados. O Flu permanece na zona vermelha e o Vasco está próximo dela. O resultado foi mais doloroso para o Vasco que vencia a partida por 3 a 1 e cedeu o empate. Aliás, o gol do empate tricolor foi brincadeira. Essa zaga do Vasco é uma peneira! Não dá para confiar mesmo. O técnico Antônio Lopes precisa urgentemente fazer mudanças radicais nesse setor.


#O Botafogo está começando a renascer das cinzas neste brasileirão. Com a chegada de Ney Franco no comando do time o Fogão ganhou novo fôlego e goleou o Atlético Mineiro por 4 a 0 quarta-feira no Engenhão. Se o alvinegro continuar nesse ritmo dá para, no minímo, conseguir uma vaga tranqüila para a Sul-Amerciana.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Diploma para quê?

Daniel Jordano
Para ser este o pensamento de muitos que querem a não regulamentação da profissão de jornalista no país, o supremo Tribunal Federal, o mesmo que livra da cadeia figuras como Daniel Dantas através de seu presidente, o ministro Gilmar Mendes, está prestes a votar um recurso extraordinário de número 511961 que torna não regulamentada a profissão de jornalista. A federação Nacional de Jornalismo lançou uma campanha contra a medida.

Pois bem meus caros, se esta medida passar pelo STF vamos formular uma proposta para que em nenhuma profissão seja exigido o diploma. Que os postos de saúde e hospitais contratem os curandeiros. Que as grandes construções não necessitem de engenheiros (neste caso não haveria também governadores e candidatos a prefeito no Amazonas). Voltamos então ao mundo do empirismo por si só onde basta saber falar para tornar-se um advogado.

Não quero aqui retornar a velha discussão da teoria e prática a qual muitos já deveriam ter superado, porém, não exigir o diploma de jornalista nas redações é no mínimo uma atitude igualmente absurda ao cenário descrito acima.

É evidente que os profissionais da velha guarda, aqueles que fizeram jornalismo sem formação técnica, devem ser ouvidos e respeitados. No entanto, não exigir nas condições atuais de mercado o diploma, é fazer com que os salários diminuam e as condições de trabalho piorem além de prejudicar de forma direta a qualidade da cobertura jornalística. A quem interessa a não regulamentação da profissão de jornalista?

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Igreja realiza palestra sobre criação de filhos

A Igreja Batista da Chapada, Av.Djalma Batista, Chapada, realiza nesta sexta-feira (25/07) às 8:00 da noite palestra gratuita sobre criação de filhos. Os palestrantes são internacionalmente renomados, são eles o Dr. Hershael York e sua esposa Tanya, ambos especialistas em criação de filhos. Mais informações pelo telefone 3236-6218.

Não precisa ser casado para ir à palestra, basta ter filhos.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Papo F!losóf!co


Narda Teles*

Mulheres loucas Mulheres

Ao iniciar este artigo sobre a mulher pensei em relatar uma história feminina de luta contra o preconceito, de conquista da liberdade e da dignidade. No entanto havia uma insatisfação em falar tais coisas, afinal todo mundo fala isso. Porque perder tempo repetindo o senso comum? Seria uma ofensa à inteligência do nosso leitor. Pior, seria uma ofensa a nossa própria inteligência. E como já dizia Betold Brecht: “Eu, que nada mais amo do que a insatisfação com o que se pode mudar, nada mais detesto do que a insatisfação com o que não se pode mudar”.

Mudaremos então o rumo de nossa discussão para as mulheres que se auto-desvalorizam. Não as que sofrem com a fome, a falta de escolaridade, o descaso das autoridades, mas as que vagam nas ruas “imundas” e “infectas” das cidades por opção própria. As primeiras estão associadas à pobreza, as outras não; aliás é cada vez maior o número daquelas cujas famílias possuem um bom poder aquisitivo. Algumas tem formação, inclusive superior, porém adquiriram o diploma da imbecilidade. Se expõe depravadamente na internet e dizem que isso é ser moderna, dão pra todo mundo porque “ficar” é legal.

Elas se acham; se acham as mais de bunda, as mais de peito, as mais bonitas; enfim, as que fazem beicinhos para se parecerem com símbolos sexuais. É um verdadeiro show de narcisismo! Para elas é o máximo aparecer; a tal ponto que perderam a noção de educação; aliás, não sabem o que é isso. Gritam em qualquer lugar, sentam no colo de “colegas”, falam leseira, arrotam publicamente... bom, a lista é grande. Há também as que querem a fina força mostrar classe; essas falam carioquês, usam a roupa da moda e só namoram com cara de carro. Elas são uma tribo em expansão.

Mas de onde vieram? Como se formaram? Algum dia já tiveram ética? Bom, sem dúvida esta seria uma pesquisa antropológica interessante a se realizar. No entanto, como não temos tempo hábil para tal empreitada, vamos arriscar uma possibilidade de análise para tais questões. Inicialmente, pensemos: a quem interessa que a cota feminina da sociedade se torne adorno de prazer e consumo? Afinal, nas últimas décadas, as mulheres mostraram inteligência, independência, competência e participação ativa na vida pública e política de uma sociedade exclusivamente masculina. Ou seja, elas se tornaram uma ameaça ao domínio dos homens.

Assim, era preciso interromper esse processo revolucionário, colocar a mulher novamente num patamar de submissão e à disposição dos desejos masculinos. Para isso, nada melhor do que “adoecê-las” com um vírus fatal: a doença das aparências construídas artificialmente. Que doença é essa? De que forma é transmitida? É a doença em que se acredita querer ser o que não se é. Ela mata de forma brutal; ataca o cérebro com códigos que levam a vítima a debilidade. Através da propaganda (que está a serviço dos poderes capitalistas e do Estado) ela realiza um feito mais cruel e violento que o de Bin Laden: explode a alma e a consciência crítica humana. O que vemos, na realidade, são algumas mulheres manipuladas, anestesiadas e corrompidas pela grande máquina do poder. Mas o tiro saiu pela culatra; pois os homens que detém o poder, perderam o controle deste vírus; e agora, eles também são vítimas de seus próprios moldes.

*Atriz, professora de Filosofia e diretora de teatro

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Um herói quase perfeito

Luiz Guilherme

Will Smith volta às comédias na pele de um super-herói impopular


Se super-heróis existissem eles seriam como Hancock (2008) personagem-título interpretado por Will Smith. O filme traz à tona alguns questionamentos inexistentes nos outros filmes do gênero. Afinal, quantos prejuízos os cofres públicos teriam para consertar tudo que um herói destrói quando enfrenta um vilão? A partir daí começamos a pensar quanto custaria ser defendido por heróis "quebra-quebra" como as meninas super-poderosas e o Jaspion - ainda mais quando o vilão se transforma em gigante e ele é obrigado a chamar seu robô, também, gigante para lutar no meio da cidade.

Bem, apesar de ser um filme-pipoca, Hancock traz essas reflexões interessantes, ou seja, vira do avesso aquele "mundinho perfeitinho" dos heróis, cujas dificuldades soam totalmente artificiais e forçadas. Hancock chega a ser quase como o personagem literário Macunaíma (criado pelo escritor paulista Mário de Andrade), sem nenhum caráter. Pinguço de carteirinha, dorme nos bancos públicos agarrado a uma garrafa, anda maltrapilho e sujo, e é grosseiro com todo mundo. Qualquer operação de resgate que ele se meta acaba em prejuízo para a prefeitura de Los Angeles. Por isso, ao invés de ser idolatrado, passa a ser alvo de críticas severas de jornalistas, vaiado por populares e suas atrapalhadas são postadas constantemente no Youtube. Porém a sua vida dá uma reviravolta quando ele salva a vida (ao mesmo tempo que causa um estrago) do relações públicas Ray Embrey (Jason Bateman). Como forma de agradecimento Ray se oferece para cuidar da imagem de Hancock e transformá-lo num herói querido. Apesar de muita resistência ele aceita e Ray tem a difícil missão de reeducá-lo e encaixá-lo em velhos padrões do mundo dos heróis como ter uma frase de efeito e vestir um uniforme. Mas, quando a mulher de Ray, Mary (Charlize Theron), aparece, ocorre uma atração misteriosa entre eles, pois, ela também tem super-poderes. Detalhe: os dois não podem ficar juntos senão Hancock começa a perder os poderes.
As cenas de ação não são de tirar o fôlego, mas, são eficazes, assim como a direção de Peter Berg. E também este é um daqueles filmes que começam na comédia e terminam num drama. O final tenta arrancar lágrimas do espectador ao mostrar aquele que era um anti-herói tentando se superar e se tornar uma pessoa melhor. O máximo que consegue (com exceção dos sensíveis) é o silêncio da platéia.
Após dois filmes sérios, Hancock marca a volta de Will Smith ao gênero que o consagrou: a comédia. E já está se consalidando como o sucesso destas férias. Liderou as bilheterias por duas semanas consecutivas arrecadando US$ 70,4 milhões nos países que está sendo exibido; tem todos os ingredientes para isso: efeitos especiais interessantes, piadas rápidas e inusitadas (algumas de embrulhar o estômago), e um "dramazinho" básico. E além da diversão, traz ao público uma visão mais realista dos super-heróis, se eles existissem, é claro.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Outro musical

Após alguns anos afastado das telonas os filmes musicais voltaram com força total aos cinemas e vem agradando o público. Exemplo disso são os sucessos High School Musical (2006), Moulin Rouge (2001) e Hairspray (2007). Agora é a vez de Mamma Mia! (2008), filme adaptado de uma peça teatral inspirada na música com o mesmo nome do grupo sueco Abba. O filme gira em torno da jovem Sophia (Amanda Seyfried) que está prestes a se casar e quer saber a verdadeira identidade de seu pai. Por isso, convida em segredo três homens afim de descobrir a verdade. O elenco conta com nomes de peso como Meryl Streep (que interpreta Donna, a mãe de Shopia) e Pierce Brosnan (um dos suspostos pais). Os sucessos Mamma Mia! e Dancing Queen do extinto grupo Abba fazem parte da trilha sonora do filme.

Diretor: Phyllida Lloyd
Elenco: Amanda Seyfried, Colin Firth, Meryl Streep, Pierce Brosnan
Lançamento: 15 de Agosto

terça-feira, 15 de julho de 2008

E o troféu jaca verde vai para...

Todos os jornais impressos do Amazonas pela "mamiferação" das notícias. Os editores adoram usar o verbo gerar para tudo. "Chuvas geram desastres", "Decisão gera conflito", "Assalto gera indignação", "greve gera atrasos" etc. Eu hein! O que custa usar o verbo causar de vez em quando? Como diria um bom professor de português: "quem gera é mamífero".

"Ensaios Jornalísticos" já está à venda

O Livro "Ensaios Jornalísticos" (Ed. Valer, 162 páginas) já está disponível na Livraria Valer, Ramos Ferreira, Centro. A obra é uma reunião de ensaios que tratam sobre diversos temas da área do Jornalismo como elaboração de manchetes, fotografia, caráter político da informação, neutralidade da informação etc. Entre os autores estão os professores universitários do Uninorte Renan Albuquerque, Leila Ronize, Tatiana Lima e Ana Paula Freire, todos com experiência acadêmica e de mercado. O livro custa R$30,00.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Esquisitices eleitorais

As eleições estão próximas e a propaganda eleitoral gratuita vai começar, e nós poderemos dar umas risadas ao assistir. Pudera, alguns candidatos a vereador adotaram nomes, digamos, exóticos para a campanha deste ano. Leia o nome de alguns que, com certeza, vão se destacar (no sentido humorístico):

+Sargento Xuxa;
+Sebastião Lacraia;
+Pêlo Duro;
+Ringue Boxe;
+Superman;
+Palhaço Quiabo;
+Saci;
+Tigrão;
+Palhaço Político;
+Mulher de Branco (essa eu conheço de outros carna... digo... pleitos)

Pelo visto a Café e o Cachorrão não vão se candidatar desta vez.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Teatro amazonense recebe prêmio nacional

Mesmo com a falta de apoio o teatro amazonense faz bonito. Recentemente o grupo teatral Arte Mythos recebeu o prêmio Cultural 2008 dos Correios pela peça "Cici e as Formiguinhas Tucandeiras". A companhia de teatro, única reprersentante da região Norte, foi uma das escolhidas numa seleção de dez entre milhares.

Em entrevista ao jornal A Crítica a diretora do grupo Narda Teles, colunista do Jornal Tréplica, disse que o grupo foi premiado pela qualidade artística e pedagógica da peça. E para comemorar a premiação a peça será encenada na periferia da cidade de Manaus.

A peça "Cici e as Formiguinhas Tucandeiras" conta a história de três formiguinhas que tentam salvar a Amazônia da destruição. A aventura é embalada por cenas cômicas, música e suspense. A peça infantil estreou ano passado no 4° Festival de Teatro do Amazonas e na ocasião recebeu menção honrosa.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Cavaleiro amazonense conquista vice-campeonato brasileiro de hipismo

O cavaleiro amazonense Luís Mário Bonates e a égua Global Jamaicana conquistaram um resultado inédito no último domingo, o segundo lugar do Campeonato Brasileiro de Jovens Cavaleiros, realizado em Curitiba, no Paraná.

Luís Mário não cometeu nenhuma infração nas 3 etapas iniciais da prova, assim como seu maior adversário, o brasiliense Giovanni Vargas. Com o empate, o amazonense e o brasiliense foram para o desafio final. O amazonense liderava, mas, no último obstáculo do circuito a égua jamaicana recuou e o amazonense caiu sendo penalizado, assim, com 8 pontos e ficando com o vice-campeonato - a melhor colocação de um cavaleiro amazonense no campeonato brasileiro.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

"Pantanal" ultrapassa audiência do "Repórter Record"

A novela "Pantanal", de Benedito Ruy Barbosa, produzida pela extinta TV Manchete em 1990, vem marcando boa audiência para o SBT. Na segunda-feira (7), a novela teve média de 13 pontos e picos de 16, ficando na vice-liderança de audiência à frente do "Repórter Record". No confronto direto com o jornalístico da Record, "Pantanal" marcou média de 15 pontos contra 12 da Record. Ontém (8), a novela ficou em terceiro lugar marcando 14 pontos no Ibope contra 19 da estréia da novela "Chamas da Vida" (Record) e 18 da novela "Amor e Intrigas" (Record), segundo lugar, e 24 pontos do "Casseta e Planeta" (Globo) e 22 do "Toma Lá da Cá" (Globo), na liderança.

Reportagem sobre indústria do sexo faz “Profissão Repórter” bater recorde de audiência

O jornalístico “Profissão Repórter”, exibido na noite de ontem (8), bateu recorde de audiência com a reportagem sobre a indústria do sexo no Brasil. Comandada pelo repórter Caco Barcelos, e uma equipe de oito jovens jornalistas, a atração liderou a audiência com 22 pontos de audiência.

No programa, Caco Barcelos acompanhou os bastidores e as filmagens de um longa-metragem pornô; os repórteres Caio Cavechini e Thiago Jock mostraram pai, mãe e filho que gerenciam um cinema que exibe exclusivamente filmes de sexo; a repórter Mariane Salerno entrevistou mulheres que ganham a vida nas estradas brasileiras. Mas a reportagem mais insólita do “Profissão Repórter” foi a dos repórteres Felipe Gutierrez e Gabriela Lian que contara a história da senhora paulista de 73 que ainda ganha a vida com a prostituição.

O “Profissão Repórter” era um quadro do “Fantástico”, mas devido ao sucesso acabou se tornando uma atração a parte. O programa de ontem marcou a maior média do programa desde a estréia, que aconteceu no dia (03/06) e atingiu média de 21 pontos, depois a média do programa ficou em torno de 20 pontos no Ibope.

“Profissão Repórter” - Rede Globo, Terça-feira, às 23h40

(Cada ponto equivale a 54 mil domicílios, ou 176 mil pessoas, na Grande São Paulo).

O Beijo

O beijo é a simbolização mais romântica da troca de amor entre um casal, mas ele também pode ser a representação de outros sentimentos como a amizade, por exemplo. De qualquer maneira, o beijo é sempre a marca de um sentimento positivo. Os beijos podem ser de muitos tipos: românticos, calientes, fraternais, cordiais, bons, ruins, quentes, insosos e engraçados. Há muitas definições para ele e existem mais de 484 formas de beijar.

Em um beijo na boca são trocadas mais de 18 substâncias orgânicas e cerca de 250 bactérias e vírus. Durante um beijo o corpo movimenta 29 músculos, sendo 17 deles na língua, e os cinco sentidos se aguçam havendo aumento na produção de hormônio.

Por essa importância toda, e em comemoração ao dia dos namorados, os britânicos fizeram uma pesquisa para saber qual é o melhor beijo do cinema. E o beijo vencedor foi o de Demi Moore e Patrick Swayze no filme "Ghost" (1990). Na segunda colocação ficou a animação "A Dama e o Vagabundo" (1995) onde uma cadela da raça cocker-spaniel e um vira-lata dividem um prato de spaguetti e acabam se beijando.
O melhor

Na terceira posição o ator Patrick Swayze, foi lembrado mais uma vez, pelo beijo em Jennifer Grey, no filme de 1987, 'Dirty Dancing'. Na votação figuram ainda os beijos de "Homem - Aranha" (2007), "Titanic" (1997), "E o Vento Levou" (1939), "A um passo da Eternidade" (1953), "Bonequinha de Luxo" (1961).

E pra você qual é o melhor beijo do cinema?

A regra da imoralidade

Por Daniel Jordano

Na manhã desta terça feira(07) ao abrir um jornal que circula em Manaus me deparei com a seguinte notícia: "presidente da Assembléia Legislativa do Amazonas, Berlamino Lins, afirma que mantém parentes nos quadros de funcionários da ALE.

Segundo a publicação, Berlamino, que pertence ao PMDB, emprega a mãe dele de 80 anos, a mulher e os filhos além de outros parentes. Pois bem, tal informação mostra como é viciado, ineficaz e caro o sistema político brasileiro. Sistema esse que favorece nossos ditos representantes com auxílios moradia, verba de gabinete entre outros. Como em um queijo suíço, a lei cheia de buracos, permite que situações como esta aconteça e que, do ponto de vista jurídico, esteja tudo muito bem.

Os ratos do poder aproveitam a lerdeza que cega o poder judiciário para praticar tais atos que lesa eu e você leitor. Nós pagamos impostos que segundo a constituição deve ser utilizado na prestação de serviços básicos e na manutenção da estrutura governamental.

Porém essa estrutura vigente está prestes a ruir devido aos escândalos de corrupção e os casos de nepotismo que assombram os corredores dos poderes executivo, legislativo e judiciário. Parece que neste país, quem faz o errado é tido como esperto e exemplo. Tal esperteza está nos levando ao caos social. Vamos esperar até quando para mudar?

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Yupinawaitá - A arte em forma de artefatos

Por Mário Bentes

Apesar de estar situado em uma conhecida rua do centro da cidade de Manaus, o lugar passa despercebido pela grande maioria dos transeuntes. É um casarão antigo, como muitos em Manaus – talvez por isso não chame a atenção de quem passa. Mas a discreta placa instalada logo acima dos portões de ferro não deixa dúvidas: aquele local se dedica à arte amazônica. Mas não simplesmente de obras que se focam de maneira superficial a tentar mostrar a realidade da região, mas de objetos que, de certa forma, são a região.

Assim são, pois traduzem muito mais que elementos artísticos com pretensões a obras-primas. Os artefatos expostos são frutos de uma gama incomensurável de sensações; das mais cotidianas e resultantes das necessidades do dia-a-dia, a extremos de paixões misturados com a impossibilidade da explicação do lado espiritual do ser humano.

A mágica, como já se pode perceber, não está em adornos externos. Não se trata de uma questão puramente relacionada com a localização do lugar, muito menos com seu significado para os corretores de imóveis. O poder que emana do lugar vem daquilo que ele traz consigo; do elo que simples objetos possuem com a História e de sua estreita ligação com os tempos atuais. Aqueles cujas delicadas mãos trabalharam sem pretensões de grandeza ou vaidade agora descansam, e seus frutos podem ser vistos por qualquer um de nós, mesmo aqueles que não dão tanta importância para os povos que por aqui habitavam muito tempo antes de nossos colonizadores.

O ambiente recria a história

Ao entrar no estrategicamente mal iluminado interior do Museu Amazônico, situado na Rua Ramos Ferreira, 1.036, Centro da cidade, o observador-visitante poderá, sem quaisquer dificuldades, vislumbrar uma série de elementos artísticos dos povos indígenas amazônicos dispostos de forma lógica. Lógica no sentido antropológico.

Quem recebe o visitante e Custódio Rodrigues, técnico em conservação e restauro que trabalha no local e leva os interessados a uma nova forma de contemplação dos objetos expostos. Isso mesmo, nova forma de contemplação. “Os objetos não podem apenas ser observados. Deve-se fazer uma contextualização destes artefatos sem generalizá-los apenas por uma etnia, e sim por uma gama maior da região, uma vez que existem várias informações que nos levam a perceber a importância de cada uma delas”, explica Custódio Rodrigues.

Ao longo do caminho, que transpassa por duas grandes salas no térreo e mais seis no segundo andar, o guia “antropológico” esmiúça cada peca, procurando trazer um significado a mais que sua simples função básica de “existir”. “Para começar, não se pode deixar de lado a questão antropológica, já que quando você vai falar destes povos, você inevitavelmente fala do relacionamento dele com a própria natureza, com a sua crença, com seus mitos, com sua relação com a floresta”, diz.

Como exemplo, Custódio mostra uma urna funerária de cerca de dois mil anos de existência. Segundo ele, a urna representa a crença no pós-vida, ou seja, uma abstração da existência de cada um como indivíduo e de sua ligação com o sobrenatural. “A pessoa não era simplesmente colocada dentro da urna. Havia um processo de segundo sepultamento, onde entrava a urna. Os órgãos eram arrumados em urnas menores, e isso variava conforme a hierarquia do indivíduo na sociedade e que vivia”, explica, fazendo uma referência aos antigos povos egípcios, que também faziam distinção social de seus mortos no processo de mumificação.

Passado o recinto dedicado a arqueologia indígena, o guia leva o visitante a segunda parte da viagem nas terras dos “povos antigos”. Agora estamos na seção dedicada aos artefatos do cotidiano, onde as peças têm função exclusiva de proporcionar agilidade nas ações. Entre as pecas, destacam-se elementos redes de dormir, fogareiros, peneiras, balaios e cestos. “Todo o material usado pelos indígenas podia ser encontrado em seu próprio meio, assim os artefatos inevitavelmente possuem uma ligação com a nossa região”, explica Custódio, dando como exemplos a rede de dormir, feita de palha de buriti.

A religiosidade e vida dos povos amazônicos

Apesar de estarem diretamente relacionados com o dia-a-dia, muitos objetos possuem características artísticas únicas, que segundo Custódio, também estão relacionados com as crenças nas divindades. “Todo o grafismo existente em muitas das peças não foram feitas simplesmente por serem feitas. Tudo é trabalhado em função de uma mitologia e de uma crença”, salienta.

Um ponto curioso citado pelo especialista é a “contemporaneidade” da funcionalidade de muitos dos objetos presentes na exposição. “Se eu comparar, por exemplo, as armas de caça de um guerreiro que sai todo dia para caçar, é o mesmo que um menino que vai pra escola e leva a mochila cheia de material didático. Tudo que ele necessita para a aula ele tem ali”, compara.

Mas o contato com outros povos – principalmente os colonizadores – trouxe uma série de conseqüências na confecção dos artefatos. Em certo momento da visitação, o guia mostra uma tábua usada pelas mulheres indígenas para ralar alimentos. A peça usa pequenos fragmentos de alumínio, que facilitam o processo. “O uso desses metais é um reflexo deste contato”, afirma, lembrando que a troca de “tecnologias” pode ser positiva e negativa; o que caracteriza a natureza da troca são as circunstâncias. “A tábua com alumínio certamente facilitou a vida nas aldeias, mas deve ter tido também suas conseqüências negativas”, pondera Custódio. “Muitas delas devem ter se cortado até dominarem a técnica”, argumenta.

Ao longo da caminhada histórica, a trama dos povos tende a seguir para o sobrenatural. Do cotidiano – que tem seu próprio elo com a religiosidade – a exposição vai para o rumo das danças e ritos; estes totalmente submersos em uma aura de ligação com o divino. Entre máscaras e vestes de rituais, o visitante quase que pode ser transportado para uma época onde a explicação do mundo visível e invisível só podia ser contemplada mediante contato com o mundo de Tupã.

Máscaras Ticunas servem de exemplo. O especialista, após admirar as pecas por poucos instantes, narra o rito Ticuna da “Moça nova”, onde as meninas têm os fios de cabelos arrancados como forma de marcar a passagem para a vida adulta. “É um ato dolorido. Quem trabalha realmente nessas etnias são as mulheres. Os homens só caçam; o serviço pesado é das mulheres”, justifica o especialista.

Algo semelhante acontece com os meninos das tribos Sateré-Mawé. Para provar que é um guerreiro forte, os meninos desta etnia devem usar a famosa luva de palha recheada de formigas Tucandeira. “Ele coloca a mão dentro da luva e tem que agüentar as ferroadas das formigas, assim fica marcada sua passagem para a vida adulta”.

Mesmo na seção dedicada aos armamentos indígenas, a concepção artística permanece presente, seja nos detalhes discretos de pequenas plumas nas zarabatanas, nos conjuntos de arco e flechas, ou nos grandes cocás dos líderes indígenas. “As plumagens são feitas a partir das penas de aves locais, como arara, gavião, papagaio. O que impressiona é a combinação de cores que eles usam”, afirma Custódio, em admiração.

O percurso, então chega ao fim. Cerca de 470 pecas de 23 etnias podem não ter a capacidade de reconstruir o passado quase épico dos povos indígenas amazônicos, mas sem dúvida alguma podem levar o cidadão amazônico pós-moderno a repensar suas origens – hoje quase tão esquecidas e superadas como os costumes de boa parte dos povos indígenas que por aqui viviam. Yupinawaitá; artefatos. Recortes de indivíduos de diferentes momentos históricos, mas que, juntos, servem de pilar para a conservação de uma bela História que jamais deveria morrer.

Fotos: Mário Bentes.

IV CONEPA debate aplicação de penas alternativas como opção para desafogar os presídios brasileiros

Congresso discutiu em Manaus a aplicação de medidas alternativas a presos brasileiros que cometeram crimes de baixa periculosidade.

O IV Congresso Nacional de Execução de Penas e Medidas Alternativas (CONEPA) organizado pelo Departamento Penitenciário Nacional do Ministério da Justiça, representado pela Coordenação Geral do Programa de Fomento às Penas e Medidas Alternativas (CGPMA) e pela Comissão de Apoio às Penas e Medidas Alternativas (CONAPA), em parceria com o Governo do Estado do Amazonas, por meio da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejus) e com apoio institucional do Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas, que aconteceu entre os dias 30 de junho e 02 de julho de 2008, no Hotel Tropical­ Manaus/AM, trouxe à tona a discussão sobre o papel das penas e medidas alternativas como possibilidade de desafogar o sistema prisional brasileiro.

A pena alternativa é uma medida penal voltada aos presos que tenham sido condenados a até quatro anos de reclusão. São os detentos que cometeram os chamados delitos de baixa periculosidade. Para a Coordenadora-Geral do Programa de Fomento às Penas e Medidas Alternativas (CGPMA), Márcia de Alencar Araújo, as pessoas que cometem crimes simples acabam virando massa de manobra ao serem inseridas no meio de criminosos perigosos. Ela disse que a sociedade precisa compreender que não se pode tratar uma pessoa que cometeu um crime leve da mesma maneira que um bandido de alta periculosidade, pois a aplicação da pena alternativa também é proporcional ao crime cometido.

A aplicação de medidas e penas alternativas está prevista na lei 9.714/98 e podem se beneficiar dela apenas os detentos que tenham cometido crimes sem violência ou grave ameaça (art. 44, I), que o condenado não seja reincidente em crime doloso (art. 44, II), se reincidente, que não tenha praticado o mesmo delito (art. 44, § 3º). Nos casos dos crimes culposos, a lei não estabeleceu quaisquer requisitos temporais, admitindo-se a substituição independentemente do quantum da pena aplicada.

A aplicação da pena alternativa é uma resposta legal para o controle penal brasileiro. Para o Secretário de Justiça e Direitos Humanos do Amazonas Carlos Lélio Lauria Ferreira, o Brasil caminha para uma sociedade penitenciária devido a grande massa carcerária do país estimada em 450 mil presos. Por isso é extremamente importante encontrar formas de reverter esse quadro.

Do total de presidiários brasileiros, 160 mil podem cumprir pena alternativa e Para o Presidente da Comissão de Apoio às Penas e Medidas Alternativas (Conapa), Géder Gomes, outro grande problema é quem está fazendo a defesa dos presos. Ele ressaltou que muitos detentos sequer têm advogados. “A ausência das defensorias é responsável pelo caos no sistema penitenciário do país”, argumenta Gomes, acrescentando que um investimento maior no setor pode trazer mudanças significativas.

A temática das penas e medidas alternativas como opção punitiva ao crime sofreu evolução no Brasil, mas para Coordenadora-Geral (CGPMA), Márcia de Alencar Araújo, a cultura da vingança e a sensação de impunidade impedem que as pessoas aceitem as penas alternativas vinculando-a a isenção do cumprimento legal por parte do criminoso. Mas para o Juiz de Direito e membro da Conapa do Espírito Santo, Carlos Eduardo Ribeiro Lemos, se a prisão continuar a ser encarada pela sociedade como a única resposta criminal do Estado contra a criminalidade, o Brasil não terá como suportar esse sistema.

Além de ser bem mais barata, a aplicação das medidas de punição alternativas também apresenta resultados positivos em comparação com a prisão convencional. O índice de reincidência dos beneficiados está entre 2% e 12%, custando de R$ 50 a R$ 100 reais para o Estado, enquanto que a reincidência dos criminosos que não recebem o benefício está entre 70% e 85% e eles custam de R$ 1 mil a R$ 3 mil reais aos cofres públicos. Estes dados demonstram que a prisão convencional não cumpre integralmente com a proposta da lei que é reintegrar o preso ao convívio social de modo que ele não volte a cometer delitos.

O perfil do criminoso a quem a pena alternativa é direcionada é caracterizado pelo fato de que a relação da pessoa com o crime não é uma prática, mas uma eventualidade. Além de discutir a aplicação de medidas alternativas com fins de ressocialização, o IV CONEPA também ressaltou a importância da existência de programas sociais que redirecionem o preso ao convívio social e ao mercado de trabalho.

No Amazonas, os internos beneficiados pela Pena alternativa prestam serviços em entidades como Nossa Caixa, Associação dos Deficientes Visuais do Amazonas (Advam), Casa Mamãe Margarida e abrigo Moacir Alves.

Fotos: Antônio Assis

Golaço de Letra

Luiz Guilherme

Futebol é uma caixa de surpresas, desagradáveis em alguns casos. Não torço para o Fluminense, mas, por um momento me coloquei no lugar deles no dia 02 de Julho de 2008. Uma data que todo torcedor tricolor vai querer esquecer, mas, não vai se envergonhar ao lembrar. Sabe por quê? O Flu perdeu lutando. Existe derrota mais honrosa que essa? Precisando reverter uma vantagem de dois gols sofridos no primeiro jogo e levando um aos cinco inutos do primeiro tempo do último jogo, os "pó-de-arroz" não se abateram e com o apoio de sua torcida correram atrás, e graças a uma noite inspirada de Thiago Neves fizeram aquilo que parecia impossível: levaram a decisão para a prorrogação.

O resto todos nós já sabemos. Não precisa dar detalhes da canseira dos jogadores do Flu nos 30 minutos da prorrogação, da frieza dos jogadores da LDU ante a pressão da torcida e dos três pênaltis perdidos pelos três principais jogadores desse time, entre eles o Thiago Neves. O objetivo desse texto não é comentar os fatos, até por que escrevo numa segunda-feira, quatro dias depois da final. O que quero destacar é a falta de consideração de uma parcela da torcida. Isso é bem típico, para o torcedor brasileiro não importa se o time deu o sangue em campo. Perdeu? É o pior time do mundo. A imprensa ajuda a alimentar esse mal. O jornal "Repórter" na edição desta semana foi muito injusto com o tricolor carioca ao chamá-lo de "time ruim" que merecia "descer às profundezas para um estágio com o chifrudo e nunca mais voltar aos campos de futebol". Leseira dos editores. Aos torcedores do tricolor, especialmente ao meu vizinho que durante a saga do Flu na Libertadores pendurou uma bandeira do Fluminense na sua laje, ergam a cabeça, aplaudam esse grupo por lutar bravamente na final e os apoiem para que o time saia da incômoda lanterninha do campeonato brasileiro, porque esse "time ruim", segundo o jornal "Repórter", fez só três gols numa final de um torneio continental. Só isso.
#O sol raiou no Vasco da Gama. Clube conhecido por seu histórico de democracia acabou sendo, infelizmente, comandado por um diatador. Mas, Roberto Dinamite assumiu a presidência do clube semana passada e já nos primeiros momentos mostrou que as coisas mudarão da água pro vinho em São Januário. Vida longa ao novo presidente.
#O torcedor do Flamengo está sorrindo á toa. Basta bater um ventinho na cara e já está gargalhando. Pudera, o clube está na liderança isolada do campeonato brasileiro com uma vantagem de cinco pontos em relação ao segundo colocado.
#Flamenguistas de Manaus. A nova sede da loja de produtos oficiais do clube, "Raça Fla", inaugurou ontem. Para os desavisados ou desatentos, a loja fica na Av. Djalma Batista, praticamente ao lado do pet-shop "Arca de Noé".

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Frase

"Amar é sempre ser vulnerável. Ame qualquer coisa e certamente seu coração vai doer e talvez se partir. Se quiser ter a certeza de mantê-lo intacto você não deve entregá-lo a ninguém, nem mesmo a um animal. Envolva o cuidadosamente em seus Hobbes e pequenos luxos, evite qualquer envolvimento, guarde-o na segurança do esquife de seu egoísmo. Mas nesse esquife - seguro , sem movimento , sem ar - ele vai mudar. Ele não vai se partir - vai tornar se indestrutível, impenetrável , irredimível. A alternativa a uma tragédia ou pelo menos ao risco de uma tragédia é a condenação. O único lugar além do céu onde se pode estar perfeitamente a salvo de todos os riscos e perturbações do amor é o inferno."

(C.S Lewis, escritor irlandês falecido em 1963)

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Papo F!losóf!co

Narda Teles*

Ideologicamente com quem é o compromisso da imprensa?

A palavra ideologia, primordialmente, queria dizer ciência das idéias. Com o passar do tempo ela passou a ter várias significados, entre eles o de idéias de certos grupos sociais e políticos. Assim, ideologia não seria apenas um conjunto de idéias que elaboram uma compreensão da realidade, mas um conjunto de idéias que dissimulam essa realidade, porque mostram as coisas de forma apenas parcial ou distorcida em relação ao que realmente são. Nesse sentido, para Karl Marx, a ideologia buscaria ocultar e dissimular o domínio de uma classe sobre a outra. E a melhor maneira de difundir essas idéias são os meios de comunicação, que atualmente atingem a maior parte da humanidade. Dentre eles daremos destaque aos jornais.

Somos sabedores que os proprietários dos jornais pertencem a classe dominante ou dependem dela, sendo assim a linha editorial já está comprometida com seus interesses políticos e, é claro, comerciais. Na verdade é contraditório, porque o jornalismo é pautado pela imparcialidade, impessoalidade, ética, veracidade etc.; seria possível fazer jornais pautados nesses atributos sem influenciar o receptor com as idéias que interessam aos dominantes?

Alguns diriam que é possível sim, através do jornalismo informativo. Mas se avaliarmos melhor, veremos que este estilo jornalístico, que apenas dá a notícia nua e crua, pode ser um meio eficaz para difundir ideologias. É só informar o que foi selecionado pela editoria (seleção que determina o que o povo deve ou não saber) de forma que esta manipulação de informações venha favorecer a linha editorial do jornal. Neste estilo jornalístico os acontecimentos não são discutidos, e isto pode favorecer uma lógica montada para falsear em vez de esclarecer, esconder em vez de descobrir, ocultar em vez de revelar. Enquanto informam sobre uma onda de crimes nas metrópoles, não se pensa sobre os motivos que levaram uma geração à violência. A mente do povo fica ocupada apenas com a notícia imediata, que inspira idéias superficiais, provocadas muitas vezes pelo medo e em busca de soluções rápidas. É preciso ter cuidado, não apenas com o que consumimos como notícia, mas de que forma o fazemos.

Chegamos ao jornalismo opinativo, e é aqui que muitos podem tentar justificar; é este o estilo que tem como função levar à reflexão dos fatos. No entanto ele também pode ser usado para difundir influência de interesses particulares. Basta que o jornalista justifique suas idéias utilizando os seguintes traços gerais: Primeiro, elaborar um conjunto de valores destinados a prescrever, de antemão, os modos de pensar; é uma espécie de antecipação do que as pessoas deverão ou não pensar. Segundo, produzindo textos com a finalidade de fixar um consenso coletivo, um senso comum em torno de suas idéias. Terceiro, dando notícias a partir de lacunas, de saltos, de omissões; assim suas “verdades” parecem naturais e válidas para todos.

É lógico que um jornalismo como este não é sério, pois está voltado à interesses restritos e não do povo. Porém a nossa cidade está cheia deles. Como ser um jornalista ético dentro de um jornal comprometido com certos poderes? Isto é possível? Creio que é necessário para este profissional buscar sua autonomia com a consciência de que a influência é o motor da comunicação. É sua responsabilidade ser verdadeiro com o leitor; e acima de tudo ser um indivíduo pensante, para que ele próprio não seja manipulado e manipule os outros. Afinal a transformação de um povo sempre passou pelo processo da comunicação, ela pode ser para melhor ou pior. Qual dos dois escolheremos?
*professora de Filosofia, atriz e
diretora de teatro.

terça-feira, 1 de julho de 2008

GLOBO: Audiência Capenga

Neste último sábado (28), a TV Globo não teve muito à comemorar no quesito audiência. A novela "Ciranda de Pedra" marcou apenas 17 pontos, Beleza Pura, 20. No embalo da audiência comprometida, o Jornal Nacional marcou uma das piores médias da história: 22 pontos de média. A atual novela das oito, "A Favorita" conseguiu 28 pontos de média, a maior do dia, mas uma das piores médias da história das novelas das oito da emissora.

Na Record, os índices mantiveram-se estáveis, comparando-se às semanas anteriores. Tanto a novela "Os Mutantes", quanto "Amor e Intrigas" marcaram 15 pontos na aferição do Ibope. No SBT, a enésima reprise de Pantanal fez 8 pontos.

Parintins derrapa na audiência

A transmissão do 43º Festival Folclórico de Parintins pela TV Bandeirantes, no fim de semana passado, não alcançou boa audiência. Segundo estimativas do Ibope, na sexta-feira, a emissora atingiu 3 pontos de média até a meia noite e depois marcou 2 pontos. No sábado, a média foi de apenas 2 pontos e no Domingo, marcou apenas 1 de média.

Qual o preço da dignidade?

POR DANIEL JORDANO

Em 2006 um grupo de empresários foi à passeio ao município de Presidente Figueiredo, interior do Amazonas, e acabou se perdendo na floresta após se distanciarem da trilha prevista. Na ocasião, todo um contingente de homens do corpo de bombeiros, policiais e de pessoas comuns foi mobilizado para as buscas. O fato foi manchete nos principais veículos de comunicação do país daquela forma: "aventureiros perdidos na floresta amazônica".

Após o susto, as autoridades conseguiram localizar os "aventureiros" e aí ficou tudo bem, inclusive com aplausos de muitos donos da "imprensa baré". Porém quero aqui destacar um outro fato: o estudante Jonathas dos Santos Alves, de 18 anos estava perdido na floresta há 42 dias. Ao contrário do caso anterior, as buscas não prosseguiram e ele foi achado pelo próprio pai, o agricultor Edilson Avelino dos Santos, de 41 anos, nas proximidades do quilômetro 67 da BR 174, estrada essa que liga Manaus a cidade de Presidente Figueiredo, a mesma cidade onde os "aventureiros" que são empresários se perderam.

Jonathas foi encontrado vivo, mas não resistiu e veio a falecer. Após esse breve histórico surgem as perguntas: por qual motivo as nossas autoridades não prosseguiram as buscas por Jonathas? - No caso dos "aventureiros", as buscas seriam interrompidas?

O que fica claro aqui é que há em nossa sociedade de maneira geral, dois pesos e duas medidas. Se é "gente importante", as coisas são feitas de forma ágil, se é apenas um agricultor com o filho perdido, que se ....

Parece ser esse o pensamento de nossas autoridades ao finalizarem as buscas por Jonathas que faleceu nos braços do pai dele segundo a imprensa local. No Brasil, para ter um pouco de sossego e melhores condições de vida, é necessário pagar. Paga-se a mais por educação, saúde, segurança, cultura etc. Quando sair o valor da dignidade me avisem.