Fotos: Antônio Assis
Os internos de regime-fechado do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) tiveram hoje (29), a primeira aula do curso de mecânica para motocicletas. O curso é oriundo da parceria da Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejus), por meio da Gerência de Reintegração Social e Capacitação (GRSC), e o Serviço Nacional da Indústria (Senai).
O secretário executivo adjunto da Sejus, Coronel Bernardo Encarnação, ressalta a importância dos cursos de capacitação, destinado aos internos, para a ressocialização deles quando estiverem em liberdade. "Uma das maneiras de reinserir os presos socialmente é através do trabalho", enfatiza Encarnação.
O interno Jéferson Jardim, 41, participou há dois meses do curso de panificação que aconteceu no presídio. Ele revela que o curso de mecânica sempre foi um dos que mais quis fazer, justamente, pela expansão comercial do setor. Jéferson acredita que, cursos como os de panificação e de mecânica, são importantes para a ressocialização porque, além de os presos poderem atuar em postos de trabalho na indústria, têm a opção de montarem seu próprio negócio. "É muito difícil um ex-presidiário conseguir trabalho de carteira assinada por causa do preconceito. Com esse curso, a gente pode trabalhar por conta própria quando sairmos da prisão", considera.
Esse é um critério adotado pela GRSC da Sejus. Os cursos oferecidos aos detentos do sistema prisional de Manaus são na área de panificação, mecânica, marcenaria, serigrafia em camisas, corte e costura, cabeleireiro. Áreas que permitam ao indivíduo, tanto o trabalho com carteira assinada, como a abertura de um negócio próprio. "Acredito que o preconceito com os egressos vai diminuir à medida que eles forem adquirindo novos conhecimentos, habilidades, forem capacitados profissionalmente. Para isso, a Sejus tem investido em diversos cursos de capacitação para os internos. Através de parcerias como esta com o Senai, a secretaria consegue oferecer capacitação aos detentos", explica Encarnação.
O curso de mecânica para motocicletas foi um pedido dos internos do Compaj a direção do presídio. "Também consultamos os presos para saber os cursos que eles gostariam de fazer. Esse era um anseio dos presos", afirmou Coronel Bernardo Encarnação.
O preso Francisco de Souza, 24, foi um dos que pediu o curso. Ele confessa ter esperado ansioso, a semana inteira, pelo início da atividade. Proprietário de uma oficina mecânica, Francisco aprendeu na prática as técnicas de conserto de veículos. Agora, com o curso, ele espera aprender mais sobre a área e revisar o que já sabia.
O curso tem carga horária de 80h e terá dois momentos: um teórico e outro prático. Para a parte teórica do curso, os internos receberam apostilas. Quando a parte prática do curso começar, os internos farão exercícios em duas motos e dois motores que estão disponíveis na sala de aula do curso no presídio.
Há quatro anos, o professor Adrião Rabelo ministrou um curso de montagem de bicicletas para os internos do regime semi-aberto do Compaj. Ele reforça a importância da profissionalização dos detentos. "É importante profissionalizar os presos e prepará-los para a vida pós-cadeia".
Tabajara Moreno
Da Equipe do Jornal Tréplica
Os internos de regime-fechado do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) tiveram hoje (29), a primeira aula do curso de mecânica para motocicletas. O curso é oriundo da parceria da Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejus), por meio da Gerência de Reintegração Social e Capacitação (GRSC), e o Serviço Nacional da Indústria (Senai).
O secretário executivo adjunto da Sejus, Coronel Bernardo Encarnação, ressalta a importância dos cursos de capacitação, destinado aos internos, para a ressocialização deles quando estiverem em liberdade. "Uma das maneiras de reinserir os presos socialmente é através do trabalho", enfatiza Encarnação.
O interno Jéferson Jardim, 41, participou há dois meses do curso de panificação que aconteceu no presídio. Ele revela que o curso de mecânica sempre foi um dos que mais quis fazer, justamente, pela expansão comercial do setor. Jéferson acredita que, cursos como os de panificação e de mecânica, são importantes para a ressocialização porque, além de os presos poderem atuar em postos de trabalho na indústria, têm a opção de montarem seu próprio negócio. "É muito difícil um ex-presidiário conseguir trabalho de carteira assinada por causa do preconceito. Com esse curso, a gente pode trabalhar por conta própria quando sairmos da prisão", considera.
Esse é um critério adotado pela GRSC da Sejus. Os cursos oferecidos aos detentos do sistema prisional de Manaus são na área de panificação, mecânica, marcenaria, serigrafia em camisas, corte e costura, cabeleireiro. Áreas que permitam ao indivíduo, tanto o trabalho com carteira assinada, como a abertura de um negócio próprio. "Acredito que o preconceito com os egressos vai diminuir à medida que eles forem adquirindo novos conhecimentos, habilidades, forem capacitados profissionalmente. Para isso, a Sejus tem investido em diversos cursos de capacitação para os internos. Através de parcerias como esta com o Senai, a secretaria consegue oferecer capacitação aos detentos", explica Encarnação.
O curso de mecânica para motocicletas foi um pedido dos internos do Compaj a direção do presídio. "Também consultamos os presos para saber os cursos que eles gostariam de fazer. Esse era um anseio dos presos", afirmou Coronel Bernardo Encarnação.
O preso Francisco de Souza, 24, foi um dos que pediu o curso. Ele confessa ter esperado ansioso, a semana inteira, pelo início da atividade. Proprietário de uma oficina mecânica, Francisco aprendeu na prática as técnicas de conserto de veículos. Agora, com o curso, ele espera aprender mais sobre a área e revisar o que já sabia.
O curso tem carga horária de 80h e terá dois momentos: um teórico e outro prático. Para a parte teórica do curso, os internos receberam apostilas. Quando a parte prática do curso começar, os internos farão exercícios em duas motos e dois motores que estão disponíveis na sala de aula do curso no presídio.
Há quatro anos, o professor Adrião Rabelo ministrou um curso de montagem de bicicletas para os internos do regime semi-aberto do Compaj. Ele reforça a importância da profissionalização dos detentos. "É importante profissionalizar os presos e prepará-los para a vida pós-cadeia".
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