A festa de Natal estava muito bem organizada. Como acontece todo ano, essa é a época que se festeja o nascimento de Jesus. O coral que acompanhava as encenações no presépio daquela festa, era composto de mais de oitenta vozes que seguiam o comando do maestro. Os cantores chegaram ao local com duas horas de antecedência mostrando serem extremamente disciplinados. O inusitado é que era um coral feminino. Ou melhor segundo informações tinha apenas um homem entre tantas mulheres cantoras.
Os artistas dessa festa encenaram um presépio vivo com fundo musical. Primeiro entrou o único homem do presépio. Era um pastor com sua bata marrom que entrou no palco e se postou na manjedoura bem sério e não moveu um músculo sequer durante a apresentação. Depois entrou a Nossa Senhora e o São José. Em seguida entraram os Reis Magos, os anjos e algumas crianças. Por último foi “colocado” o menino Jesus entre seus pais, Maria e José. O bebê, de fralda descartável, fez bem o seu papel e se comportou como um recém nascido normal. Pintou e rolou em seu berço improvisado. Quando todos queriam se concentrar o menino rolava para fora da caminha e aí alguém da platéia corria para ajudá-lo.
Todos os personagens masculinos do presépio eram mulheres, com exceção do pastor de ovelhas. Aliás, no presépio, tinha apenas uma pequena ovelha de pelúcia que não oferecia risco de fugir naquele momento.O menino Jesus fez muitas estripulias mas não chorou em nenhum momento. Parecia estar gostando da festa. A mãe dele, a Maria, só olhava do lugar onde estava sentada.
O surpreendente deste teatro todo é que os personagens, com exceção de Jesus e algumas crianças, realmente não pararam no tempo. O tempo passou até para Maria, José e os Reis Magos naquela festa maravilhosa. Na verdade todos ali tinham mais de setenta anos com a cara, o espírito e a voz de quem não envelhece nunca. A festa de Natal era no Centro de Convivência do Idoso, no Vieralves e emocionou o público presente.
*Ellza Souza é jornalista formada pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Roteirista e escritora;
Os artistas dessa festa encenaram um presépio vivo com fundo musical. Primeiro entrou o único homem do presépio. Era um pastor com sua bata marrom que entrou no palco e se postou na manjedoura bem sério e não moveu um músculo sequer durante a apresentação. Depois entrou a Nossa Senhora e o São José. Em seguida entraram os Reis Magos, os anjos e algumas crianças. Por último foi “colocado” o menino Jesus entre seus pais, Maria e José. O bebê, de fralda descartável, fez bem o seu papel e se comportou como um recém nascido normal. Pintou e rolou em seu berço improvisado. Quando todos queriam se concentrar o menino rolava para fora da caminha e aí alguém da platéia corria para ajudá-lo.
Todos os personagens masculinos do presépio eram mulheres, com exceção do pastor de ovelhas. Aliás, no presépio, tinha apenas uma pequena ovelha de pelúcia que não oferecia risco de fugir naquele momento.O menino Jesus fez muitas estripulias mas não chorou em nenhum momento. Parecia estar gostando da festa. A mãe dele, a Maria, só olhava do lugar onde estava sentada.
O surpreendente deste teatro todo é que os personagens, com exceção de Jesus e algumas crianças, realmente não pararam no tempo. O tempo passou até para Maria, José e os Reis Magos naquela festa maravilhosa. Na verdade todos ali tinham mais de setenta anos com a cara, o espírito e a voz de quem não envelhece nunca. A festa de Natal era no Centro de Convivência do Idoso, no Vieralves e emocionou o público presente.
*Ellza Souza é jornalista formada pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Roteirista e escritora;
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