domingo, 1 de fevereiro de 2009

Sarney não pode ganhar

Cliferthon Lucas

`Sarney não tem condições de presidir porque o entorno dele é ruim’. Jarbas Vasconcelos PMDB-PE

“Renan volta como rei ao Senado, volta por cima, como chefe absoluto em dupla com Sarney” Pedro Simon PMDB-RS

A eleição da Câmara dos Deputados e do Senado Federal é nesta segunda-feira, dia 2 de fevereiro. Na Câmara, o deputado Temer (PMDB-SP) já é dado como o futuro presidente daquela casa. Têm o apoio de 14 partidos e seus concorrentes não se apresentam como alternativas viáveis e fortes o suficiente para incentivar uma reviravolta como no caso do ex-deputado Severino Cavalcante (PP-PE). 

No Senado, o grupo liderado pelo senador José Sarney (PMDB-AP), se ganhar, é uma derrota para o Senado e para o povo brasileiro. Por trás de sua candidatura está a presença de homens públicos do calibre do ex-presidente e senador por Alagoas, Renan Calheiros, seus fieis escudeiros Almeida Lima, Leomar Quintanilha e Wellington Salgado. Todos tentaram barrar o processo de cassação há dois anos, quando o senador alagoano respondeu por processos no Conselho de Ética do Senado.

A eventual vitória de Sarney representa o fortalecimento desse grupo político que em nada orgulha a ala dos verdadeiros peemedebistas, que querem é ver bem longe esses homens das fileiras do partido. Todo peemedebista decente deve votar em Tião Viana para a presidência do Senado Federal.  As frases acima dos senadores Vasconcelos e Simon deixam bem claro o grau de comprometimento de um grupo de valorosos parlamentares que enfrentam a todo custo a falta de escrúpulos e imoralidade no trato da coisa pública.

Nosso partido só voltará a gozar de respeitabilidade de outrora quando a Direção Nacional não poupar esforços para limpar o PMDB. Temos que expurgar a corja de marajás que insiste em fazer da política sua cama de prostíbulo e local de orgias com dinheiro do povo.

O PMDB deve ser refundado e criar mecanismos de punição exemplar para seus membros que enlamearem o passado e o nome do partido. Que os senadores possam usar de extrema inteligência e sensibilidade social para por à frente do Senado, o melhor político possível. 

A eleição: A eleição é secreta e se faz por registro no painel eletrônico quando há um só candidato, ou por cédulas de papel colocadas em urna, no caso de haver mais de uma candidatura.

Cabe ao atual presidente, Garibaldi Alves, a abertura dos trabalhos, cumprida a exigência de quorum de um sexto do número de senadores (14). Mas, para dar início ao processo de votação, o regimento interno exige a presença, em Plenário, de maioria absoluta de senadores (41), na reunião. O novo presidente se elege ao receber maioria simples dos votos dos senadores presentes e passa, imediatamente, a dirigir os trabalhos.

Pela tradição da Casa, depois dos cumprimentos, o novo presidente convoca uma segunda reunião preparatória a realizar-se em seguida, para eleger os demais membros da Comissão Diretora: dois vice-presidentes, quatro secretários e quatro suplentes, em três escrutínios separados. Durante essas duas reuniões, o uso da palavra fica restrito aos dois presidentes - o que está no exercício do cargo e o eleito -, que devem se ater aos procedimentos da eleição.

A escolha dos demais membros da Mesa segue a mesma regra: caso haja um só candidato ao cargo, a eleição se faz pelo painel eletrônico; havendo mais de uma candidatura, por cédulas de papel colocadas em urnas. A eleição também se faz por maioria simples dos votos dos senadores, com exigência de presença de maioria absoluta do número de senadores em Plenário.

Pela praxe no Senado, a maioria simples de votos é calculada em função do número de parlamentares que tomam parte efetiva na votação, ou a soma aritmética dos votantes, sem levar em consideração votos brancos, nulos ou abstenções. A maioria absoluta é definida como o primeiro número inteiro, imediatamente superior à metade do número de senadores, ou seja, 41 dos 81 senadores existentes.

Caso não haja disputa, a eleição para os dois vice-presidentes e para os quatro secretários pode ser feita de uma só vez, mas a escolha dos suplentes precisa ser realizada de forma separada.

Candidaturas

No Senado, o registro de candidaturas a presidente e demais cargos da Mesa pode ser realizado a qualquer momento, até mesmo depois do início da primeira reunião preparatória, desde que seja feito antes de começado o processo de votação. Por tradição, porém, o acordo sobre os cargos da Mesa e a formalização das candidaturas ocorrem durante uma reunião das lideranças partidárias que antecede às reuniões, convocada especificamente com essa finalidade.

O presidente Garibaldi Alves já convocou essa reunião, para realizar-se às 9h desta segunda-feira (2).

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