Por Tabajara Moreno
No dicionário eletrônico Aurélio a palavra Virose é definida como enfermidade produzida por um vírus e, lamentavelmente, nos hospitais e postos de saúde manauenses a assertiva virose é fator predominante na hora do diagnóstico médico, o que decorre mais pelo desinteresse em conhecer as doenças, que pela dificuldade de constatação delas.
Para início de conversa devo esclarecer que a banalização do diagnóstico da virose não é exclusividade dos hospitais públicos. Haverá quem discorde, mas não tem importância. O objetivo deste artigo é questionar o desleixo com que alguns profissionais de saúde tratam as pessoas.
No final de Dezembro de 2007, a dengue hemorrágica vitimou uma criança de onze anos no bairro da Compensa 1. Logo após os primeiros sintomas da doença: febre e dor no corpo; a família o levou ao médico que após uma brevíssima consulta liberou o paciente supostamente acometido pela virose. As únicas indicações foram algumas injeções na enfermaria do hospital, repouso e os habituais remédios para febre, caso ela reincidisse.
A febre, as dores no corpo e na cabeça voltaram com mais intensidade e, dessa vez, acompanhadas de vômito. Imediatamente a família levou a criança ao pronto-socorro e outro médico examinou o paciente diagnosticando dengue hemorrágica. Dali a três dias a criança sairia do hospital em óbito.
A estudante universitária Sandra Maria*, 25, estava com febre, tossindo muito e com dor no corpo quando procurou o atendimento médico num Pronto – Socorro de Manaus. O profissional que a atendeu sequer se deu ao trabalho de examiná-la. Ela conta que quando adentrou ao consultório, o médico estava utilizando um Note book e mesmo depois dela entrar, ele permaneceu no equipamento negligenciando atenção a ela.
Ele foi breve e óbvio: É virose! A universitária cumpriu as prescrições médicas e foi para casa. Entretanto, as tosses e as febres persistiram e uma dor bastante incômoda nas costas dela começou a aparecer.
Envolvida com atividades da faculdade, Sandra viajou para o município de Manacapuru, interior do Amazonas, cerca de 90 quilômetros de Manaus, mesmo estando doente e lá, o primeiro contato com o médico de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) do município foi mais produtivo que as várias horas e dias gastos no Pronto – Socorro de Manaus.
O médico suspeitou que a universitária estivesse com tuberculose e, depois de alguns exames, as suspeitas foram confirmadas. Ainda bem que dessa vez, a universitária conseguiu se cuidar antes que a doença se agravasse.
Apenas estes dois episódios relatados neste artigo, obviamente não são capazes de dimensionar a realidade do atendimento à saúde em Manaus, tampouco no Amazonas. E também este artigo não tem essa pretensão. Entretanto, os casos aqui relatados representam uma realidade do atendimento médico marcada por um descaso reprovável.
O desrespeito às pessoas não é regra dos profissionais de saúde, definitivamente não. Os verdadeiros profissionais estão sempre interessados na melhor maneira de contribuir com a recuperação dos doentes. Os pseudoprofissionais preferem ser óbvios e levianos.
*Nome fictício.
No dicionário eletrônico Aurélio a palavra Virose é definida como enfermidade produzida por um vírus e, lamentavelmente, nos hospitais e postos de saúde manauenses a assertiva virose é fator predominante na hora do diagnóstico médico, o que decorre mais pelo desinteresse em conhecer as doenças, que pela dificuldade de constatação delas.
Para início de conversa devo esclarecer que a banalização do diagnóstico da virose não é exclusividade dos hospitais públicos. Haverá quem discorde, mas não tem importância. O objetivo deste artigo é questionar o desleixo com que alguns profissionais de saúde tratam as pessoas.
No final de Dezembro de 2007, a dengue hemorrágica vitimou uma criança de onze anos no bairro da Compensa 1. Logo após os primeiros sintomas da doença: febre e dor no corpo; a família o levou ao médico que após uma brevíssima consulta liberou o paciente supostamente acometido pela virose. As únicas indicações foram algumas injeções na enfermaria do hospital, repouso e os habituais remédios para febre, caso ela reincidisse.
A febre, as dores no corpo e na cabeça voltaram com mais intensidade e, dessa vez, acompanhadas de vômito. Imediatamente a família levou a criança ao pronto-socorro e outro médico examinou o paciente diagnosticando dengue hemorrágica. Dali a três dias a criança sairia do hospital em óbito.
A estudante universitária Sandra Maria*, 25, estava com febre, tossindo muito e com dor no corpo quando procurou o atendimento médico num Pronto – Socorro de Manaus. O profissional que a atendeu sequer se deu ao trabalho de examiná-la. Ela conta que quando adentrou ao consultório, o médico estava utilizando um Note book e mesmo depois dela entrar, ele permaneceu no equipamento negligenciando atenção a ela.
Ele foi breve e óbvio: É virose! A universitária cumpriu as prescrições médicas e foi para casa. Entretanto, as tosses e as febres persistiram e uma dor bastante incômoda nas costas dela começou a aparecer.
Envolvida com atividades da faculdade, Sandra viajou para o município de Manacapuru, interior do Amazonas, cerca de 90 quilômetros de Manaus, mesmo estando doente e lá, o primeiro contato com o médico de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) do município foi mais produtivo que as várias horas e dias gastos no Pronto – Socorro de Manaus.
O médico suspeitou que a universitária estivesse com tuberculose e, depois de alguns exames, as suspeitas foram confirmadas. Ainda bem que dessa vez, a universitária conseguiu se cuidar antes que a doença se agravasse.
Apenas estes dois episódios relatados neste artigo, obviamente não são capazes de dimensionar a realidade do atendimento à saúde em Manaus, tampouco no Amazonas. E também este artigo não tem essa pretensão. Entretanto, os casos aqui relatados representam uma realidade do atendimento médico marcada por um descaso reprovável.
O desrespeito às pessoas não é regra dos profissionais de saúde, definitivamente não. Os verdadeiros profissionais estão sempre interessados na melhor maneira de contribuir com a recuperação dos doentes. Os pseudoprofissionais preferem ser óbvios e levianos.
*Nome fictício.
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