Cenário da nova animação da Dreamworks é a China, sede das Olímpiadas de 2008
Humor e animação, casamento perfeito. É a receita certa para agradar o público. Desde Toy Story (1995), da Pixar, os dois gêneros se tornaram quase sinônimos. O estúdio Dreamworks (de Steven Spilberg) é o único que bate de frente com a Pixar, que até pouco tempo reinava absoluta no ramo da animação digital; mas, ao invés de arriscar uma inovação, preferiu trilhar o mesmo caminho da rival e vem arrebatando fãs a cada novo lançamento. O sucesso começou com Mandagascar (2005), uma história cheia de animalzinhos simpáticos e malucos. Agora é a vez de outro animal conquistar o coração (e o dinheiro) do público, o Panda Po, protagonista da nova animação da Dreamworks, “Kung Fu Panda (2008)”.
A história desse filme é bem simples e já foi explorada em outros filmes. Po é um panda gordo e desajeitado, que tem um sonho que a princípio parece ser impossível aos olhos dos outros: ser lutador de Kung Fu. O sol nasce para ele quando o temido leopardo Tai Lung foge da prisão e ameaça atacar o Vale da Paz. Agora um guerreiro precisa ser levantado para defender a vila. Num evento festivo, cinco guerreiros excepcionais se exibem, mas o sábio Macaco (uma velha tartaruga) escolhe o panda gorducho que cai (literalmente) no evento após sofrer um acidente com fogos de artifício.
Sobrou para o mestre Shifu, que terá a dura missão de treinar o desajeitado panda para lutar contra o poderoso leopardo das neves. Po faz o seu melhor para aprender kung fu, mas descobre que ele terá que ser ele mesmo para alcançar a força necessária, e aprenderá que para alcança-la não encontrará receitas secretas ou atalhos, uma boa lição para os pais discutirem com os filhos; aliás, o filme é uma boa pedida para assistir com a família, não há duplo sentido ou violência ao extremo (mesmo que seu enredo seja calcado na luta), pois a comédia pastelão é o seu carro-chefe. E, é claro, quem é fã de filmes de luta não deixará de se empolgar com as bem feitas cenas de ação.
Kung Fu Panda pode ser considerado uma releitura mais pitoresca do clássico dos anos 1980, Karate Kid, até por que os dois filmes abordam o tema superação. A versão dublada deixa a desejar, a voz nacional do panda Po (na versão original é do ator e comediante Jack Black) é do ator global Lúcio Mauro Filho. Não que tenha sido necessariamente ruim, mas em algumas partes ele afemina muito o personagem, totalmente o contrário da voz original.
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