segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Os dois PMDBs


Cliferthon Lucas

Em toda agremiação religiosa, política, esportiva e social em geral, abriga ideologias que coordenam ações de correntes distintas abrigadas em um mesmo local. E quando a agremiação é política as coisas ficam mais explícitas ainda. As opiniões divergentes sobre um ponto de vista é sadio e necessário ao jogo democrático. Porém, o que se torna insuportável é quando o particularismo e o mau-caratismo passam a nortear as ações de determinado grupo interno e esse, então, toma a dianteira das decisões.

O PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro) é um partido regionalista que nasceu na década de 60 com a missão de brigar de forma pacifica pela redemocratização do Brasil. Desde sua criação, diversas correntes de pensamentos sempre caracterizaram o partido.

E mesmo após a conquista da liberdade e das eleições, o PMDB preservou esse seu regionalismo e conseqüentemente pluralismo. Dele saiu o PSDB, um partido de estrema direita que já não podia mais conviver com a base popular dos peemedebistas. Muitos pagaram o preço da luta pela democracia. Não vou me alongar muito, mas, basta somente um nome, sem desmerecer outros camaradas que ficaram sem poder entrar até no Congresso Nacional como no caso dos senadores biônicos. Mais Ulisses Guimarães, o constitucionalista, é a expressão máxima desse partido.

Existem dois partidos em um. O PMDB de Jader Barbalho e aquela corja que faz da vida pública a sua carreira profissional e o PMDB de Pedro Simon, que entende que a política é o ato de fazer o bem a coletividade sem querer dividendos pessoais. Aqui no Amazonas, com raras exceções, posso dizer que a juventude é da ala corrompida e que já esqueceu os ideais daquele PMDB de Ulisses e Tancredo Neves.

Meu presidente, Paulo Pacheco, com todo respeito que o ser humano merece, é tudo, menos peemedebista. A partir do momento que ele se une (sem consultar os outros integrantes da juventude) a campanha de Amazonino Mendes (PTB) por simples questões pessoais, ele está traindo, e mais, está maculando a trajetória gloriosa do PMDB.

Prefiro ficar isolado das decisões programáticas, me afastar do que é indecente e difere do que entendo por política. Se crescer na vida pública é fazer parte do banquete sujo e nefasto prefiro assinar a ficha de desfiliação amanhã mesmo. Não vim a esse mundo vender minha alma para o diabo.

Quando entramos em um partido político, trazemos conosco toda bagagem ética de casa. Então meu caro amigo, não é por que estamos nesse chiqueiro que vamos nos comportar como porcos. Graças a Deus tive e tenho amigos cujo a crença em valores morais são inabaláveis e me fizeram enxergar a muito, que nossa vida tem que servir a um propósito comum.

O senador Pedro Simon é muito diferente de Jader Barbalho, de Ney Suassuna, de Eduardo Braga entre outros que apesar de pertencerem ao mesmo PMDB fazem parte do lado podre da política.

Muitos ficam se indagando qual é o sentido da vida. Bom. Eu posso responder essa pergunta. O sentido da vida está em passar por esse mundo que está cheio de canalhices, onde o que é errado e sujo ganha notoriedade a cada dia em detrimento do que é correto e justo. É chegar ao final da estrada com a consciência limpa e com a certeza de nunca ter se vendido e ter sido exemplo para os mais jovens.

Nós, que somos da Ala Jovem do PMDB não podemos repetir os mesmo erros dos mais antigos, que trataram a coisa pública como sendo de seu interesse e que sempre fizeram algo apenas esperando dividendos. Que sempre mentiram e trataram o povo como bois.

Atos como o que aconteceu lá, na sede do PRTB é que deixam as pessoas desesperançadas. São atos imundos como aquele que está levando ao coma social em que vivemos. Será que vale à pena apoiar um candidato que foi alvo de alguma das investigações da Polícia Federal? Somente porque ele fez algo no passado em prol da sua família? Um homem que têm seu patrimônio sob suspeita? Não. Nessa você está sozinho.

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