Muito já se falou sobre, mas sempre há espaço para mais um comentário. Recentemente li um artigo sobre o papel do legislativo na atualidade. Nele, o autor diz que os políticos só aprovam projetos que dizem respeito a eles mesmo. Por isso, o legislativo perde força a cada dia que passa e outros órgãos como o Supremo Tribunal Federal (STF) ganha força (este foi muito atuante em 2008). Quero chegar no "presente de Natal" que a nossa Câmara Municipal deu à sociedade manauara nesse fim de ano, aprovando a redução da meia-passagem (logo depois suspenso pela desembargadora Graça Figueiredo) e o aumento dos seus prórpios salários.
É por essas e outras que achei pouco aqueles balões de tinta em cima deles (Uns tomates iriam cair muito bem nos seus paletós também). O ato, protagonizado por estudantes, foi tachado de vandalismo por alguns profissionais da imprensa. Porém, vejo como uma reação a altura da atitude de nossos vereadores. Não defendo integralmente o movimento estudantil. Muito deles estão ligados a partidos políticos e, portanto, há interesses por trás de algumas ações. No entanto, naquele momento eles externalizaram o sentimento do bom cidadão, aquele que está cansado de ser tratado como palhaço. Afinal, foi uma audácia os vereadores votarem no mesmo dia a redução da meia passagem e o aumento dos seus salários.
Episódios como esse mostram o quanto os vereadores podem interferir diretamente em nossas vidas. Gente que vota em qualquer um, vende seu voto a preço de banana e elege sujeitos despreparados e de competência suspeita, deveriam rever seus conceitos. É claro, é ilusório pensar que a maioria vai parar e refletir. Mas, depois desse episódio, pelo menos alguns e a classe estudantil vai.
Daqui a poucas horas os novos vereadores irão assumir e outros permanecerão mais quatro anos. O bom cidadão deve fiscalizá-los e cobrá-los (o mesmo vale para o prefeito eleito e sua equipe). Até porque se vão ganhar mais, tem que trabalhar mais - pela sociedade e não em prol de seus prórpios interesses. E que tenhamos um 2009 menos pior. Vamos lutar por isso.
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