sábado, 6 de junho de 2009

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Mais uma vez, dissertando em poucos parágrafos, aqui estou! – parece frase do Mestre Yoda, mas vamos lá. Depois de uma semana triste para o Brasil com o acidente do voo da Air France, resolvi distraí-los e compartilhar do meu conhecimento (quase nenhum) sobre essas coisinhas irritantes que caem no ridículo. Curtam as besteiras cotidianas dessa semana, desta vez temáticas: Os ninguéns da vida.

1º. Ninguém entende.

Eu, realmente, ainda tento associar os episódios atuais de Smallville ao que assisti no início. Eu lembro bem que morava ainda no interior, onde não tem cabeamento da NET (merchan?), a Sky era vendida pelo dobro do preço da capital (traquinas?), e assistia Smallville – as aventuras do superboy (os títulos em português deixam mesmo a desejar):

- Nenhuma menina, em sã consciência deixaria de notar no Tom Welling no papel do, então, superboy com aquele par de olhos azuis que, MEU PAPAI DO CÉU, encanta qualquer mulher hétero com bom gosto. Isso é fato!

- Sem falar que até o vilão, por mais careca que fosse, tinha também seus atributos. Afinal, nos dias de hoje, os vilões são mais cotados. Mesmo porque quem nota a beleza de Clark vê que ele é bem pateta pra idade dele. Quanto ao Lex Luthor jovem... Ô MEU PAI DO CÉU (2), é inteligente, sofisticado e sagaz.

- As meninas, Lana e Chloe são bem “bunitinhas” sim (dispeito?) e tão diferentes (ainda bem). Lana e seu jeitinho meigo que nunca sabe exatamente o que quer e acaba deixando o Clark mais besta ainda. E Chloe por ali, fuçando pra ver se alavanca a carreira jornalística, o que atrapalha e ajuda Clark, afinal se não fosse ela farejar o “perigo”, Clark permaneceria amarrado numa pedra de criptonita.

Enfim, tudo isso pra indagar, Ô MEU PAI (3), porque Smallville virou esse circo todo? Vira e mexe tem um herói novo, ou uma causa nova, mais um alienígena, ou o Bozo (exagero), pra que no final ninguém entenda, e só esteja ali para ver o que foi bom desde o início, o Tom Welling. Faz sentido? Pra mim faz, e muito, pois, a não ser que você seja muito fã da saga, você fica ali boiando no mar de PORQUÊS. Eu sei, é um produto, é pra vender, mas tem muita gente que ainda prefere o “ antigamente” (Dercy?). Que o diga fãs de Raiumundos e Los Hermanos, que resistem as modinhas atuais e ainda continuam no velho CD lembrando os bons tempos. Vai entender.

2º ”Ninguém merece”

Sou do tipo de pessoa que nunca exclama essa frase (“Ninguém Merece”), afinal, nem todo mundo é tão bonzinho. Algo tão inimaginável quanto um dueto de Britney Spears e Kelly Key é o dia em que mulheres frutas deixarem de ser assim: OPORTUNISTAS. Não que não haja explicação, estamos falando de mulheres “boazudas” que querem cantar sem saber. Saber cantar? Isso é apenas um detalhe, companheiro! Homem tem uma necessidade de ver carne vestindo shortzinho jeans e top de paetê (sem generalizar as coisas, é claro, uns se salvam) e que admirem, é natural. Eu mesma já rasguei sedas aos metros pro Tom Welling agora pouco, mas se ele inventar de cantar eu mando ele capinar o quintal. Não canso de lembrar de um programa da conceituadíssima Luciana Gimenez (piada infame) em que a Mulher Filé (açougue?) cantava um daqueles funks vestindo um vestidinho que chamo carinhosamente de “bandejinha” por se tratar de algo que oferece o pouco que está cobrindo sem custo adicional nem frete. Nesse mesmo programa a tal Filé discutia com outras mulheres não comestíveis sobre “venda de produto” (se é que vocês me entendem), no mais foi um daqueles barracos típicos do programa da Luciana. De fato, muito tempo depois, meu irmão me aparece com o CD de funk com uma música da dita cuja (forçando a amizade) e me faz ouvir. Gente, tá que as músicas caíram muito de qualidade nos últimos tempos, e confesso que nunca confiei em funk, mas, PUTZ, ela canta baboseira e canta muito mal, até eu com uma laranja na boca canto melhor. Queridos, eu sei de vossa necessidade como machos, mas também sei de vossa necessidade como apreciadores de música. Não vou propor que deixem de encher o ego dessas fulanas de tal que aparecem na mídia mostrando até o pâncreas do avesso, mas quero propor que seja um tantinho mais exigentes. Eu os entendo; aquele curuminzinho Jonathan da nova geração já cresceu e também tá “filé”, mas não me peçam pra ouvir o CD dele, não.

Pois bem, comecei falando de produto de mídia e terminei com qualidade musical. Mas encaixando a expressão inicial, só alguém muito mau merece um castigo desses. Pronto, falei! Antes de mandar esse assunto pro quinto dos infernos, queria mandá-los primeiro pro Jean Claude Van Dame, que de vez em quando vem dar manchete no Brasil avaliando esse tipo de “produto” (entenderam o trocadilho imundo?). Boa sorte, Van Dame, seu safadinho!

3º. Ninguém liga.

Como já havia confirmado na coluna anterior sobre a escolha de Manaus como sub-sede também confirmo o arsenal de piadas de paraense que despencaram em Manaus essa semana e que enfureceram nossos vizinhos. Pra isso sim, todo mundo liga, porque é engraçado! Ninguém liga para aquele senhor que estava no palco na hora do anúncio da confirmação de Manaus como sub-sede sob o qual também despencou um arsenal, não de piadas, mas de vaias (piada era ele estar ali posando de mega-star). O senhor prefeito, Amazonino Mendes, fez sua cama e deitou-se nela alegremente. É possível afirmar que Manaus se sente tão incomodada com a presença do figurão que pra Elegê-lo governador novamente só com o milagre da manipulação que sempre acontece por aqui. Logo depois deste episódio, que devo definir como inspirador, tivemos que ouvir melodicamente o que fazemos constantemente: “Vivemos esperando, dias melhores...”. Isso não é uma decisão que parte de quem elegemos, mas de nós mesmos. Sei que pareço a mãe de vocês falando, mas é a mais pura realidade. Depois de vaias que brindaram o começo de uma nova era para Manaus, eu aplaudo uma atitude louvável dos manauenses que, enfim, abriram os olhos para a besteira que deixaram acontecer. E antes que isso se torne um texto político, bom saber que dessa vez levamos a melhor em cima dos paracas. Ninguém liga se eles estão tristinhos e nem se o prefeito é um Zé-ninguém... E olha só, que lindo fechamento para o tema de hoje!

Ótimo final de semana e até a próxima.

Michela Matos é estudante de Jornalismo e escreve semanalmente para o blog Jornal Tréplica

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