quarta-feira, 3 de junho de 2009

Brinquedos antigos X Brinquedos modernos

Games estimulam o raciocínio; atividade física e interação são as vantagens dos brinquedos antigos.
Por Luiz Guilherme Melo

Diz o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) no artigo 4° que toda criança tem o direito de brincar. O lazer é, sem dúvida, uma das melhores horas na vida de uma criança. Infelizmente, devido ao crescimento da violência urbana, elas estão cada vez mais privadas daquelas brincadeiras ao ar livre, tão comuns em décadas antigas, e trancafiadas, não tendo outro tipo de diversão senão a TV, os vídeos games ou os jogos de computador.
                                                                              
Assim como as brincadeiras de roda nas ruas ou nas praças, os brinquedos antigos como bolinha de gude, peão e carrinho de rolimã, estão cada vez mais perdendo espaço para os brinquedos modernos. Há pais que preferem os filhos dentro de casa jogando video game, por exemplo, do que correndo riscos na rua, contudo, recomenda-se o equilíbrio entre os dois tipos de diversão.

''Os games estimulam o raciocínio, porém, ao mesmo tempo estimula o sedentarismo'', diz a pediatra Úrsula Santiago.

A bolinha de gude, mais conhecida como peteca no Amazonas, por exemplo, estimula a coordenação motora e a sociabilidade entre as crianças. Entretanto, isso não significa privar a criança de brincar com jogos virtuais.

''Não é proibir, mas sim limitar o tempo de uso e incentivar que a criança faça atividades que envolvam o exercício física e a interação social'', sugere Úrsula.

A interação nos games existe, porém, são poucos os jogos que dão a oportunidade de duas ou mais pessoas jogarem juntas. A maioria só permite que o jogador brinque sozinho (como os games do gênero RPG) e quando há uma interação, ela só se dá no ambiente virtual, como o GunBound, um dos jogos virtuais mais populares entre as crianças.

Foto: Daniel Jordano

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