quarta-feira, 25 de março de 2009

Fusca também é carro

Ellza Souza

O volante do meu automóvel, um fusca 1976, lá vou eu pela esquerda da avenida. Buzina daqui, buzina dali. O ônibus dá um “chega pra lá”. O carrão agoniado tenta tirar o meu automóvel do meio, no tranco. É engraçado. Ninguém quer rodar pelo lado direito da rua. Tá certo. São os buracos no meio-fio. Carros que param abruptamente. Outros que estacionam e deixam a avenida mais estreita. Os problemas do lado direito são inúmeros. Eu não vejo porque o fusca tem que ir pela direita e o carrão do bacana pode ir pela esquerda. Ah o fusca é devagar. Essa não cola. Na cidade a velocidade é controlada e você não pode sair por aí exibindo seus dotes barichelanos. Prego? Meu automóvel nunca deu vexame na rua. Já vi muito carro bacana parado devido problemas na caixa de marcha. Minto, o fusca já deu prego de gasolina mas não chegou a atrapalhar muito o trânsito caótico.
Acho que o problema é mesmo a falta de educação do motorista. Fusca, mulher na idade da meia e de óculos. Um conjunto que pode dar muito certo. Mas os machões, os grosseirões, os malucos não perdoam. Esses devem repensar seus conceitos, fazer um tricô para exercer o dom da paciência, estudar boas maneiras e respeitar, no trânsito, os “mais velhos”. Ou aposentem seus carrões e deixem os fuscões livres para andar pela esquerda, pelo meio, por onde quiserem. Tenho certeza que a violência nas ruas vai diminuir. E o fusquinha paz e amor segue seu destino.

sábado, 21 de março de 2009

Próximo CD e DVD do "Ministério Diante do Trono" será gravado em Manaus


Luiz Guilherme Melo
Equipe do Jornal Tréplica

Manaus (AM) - Crianças, jovens, idosos, homens e mulheres, assim era o perfil do público que foi prestigiar o “Ministério de Louvor e Adoração Diante do Trono” na noite desta sexta feira (20) no Centro de Convenções, Sambódromo. O show de lançamento do décimo primeiro CD do grupo, “A Canção do Amor”, foi um “esquenta” para a gravação do próximo álbum da banda, que será em Manaus, no próximo mês de Julho.

A vocalista e líder do grupo, Ana Paula Valadão, mesmo passando mal (por isso saiu várias vezes do palco), cantou, orou e anunciou oficialmente que a gravação do décimo segundo CD e DVD do Diante do Trono será em Manaus, em Julho. Local e dia ainda indefinidos. Ana Paula convocou todos os presentes a orarem desde já por isso e disse que deseja que o local da gravação seja o Sambódromo.

Em quase todos os CDs do grupo, sempre há uma música especial para a cidade-sede da gravação. Foi assim com Belém e Salvador, por exemplo. Com Manaus não será diferente, e Ana Paula adiantou que irá compor uma música especial para a capital amazonense. A canção ainda não está pronta, mas já tem nome: “Encontro das Águas”.

Foto: Alexandre Fonseca - Amazonas Em Tempo

Depois de uma reforma só outra reforma

Ellza Souza*

Na placa o aviso era claro: Dinheiro fácil, quero dizer, “remédio fácil”. Depois de muito tempo voltei ao Posto de Saúde Dr. José Rayol na avenida Constantino Nery ao lado do Hospital Eduardo Ribeiro. O posto estava fechado para reforma. Cheguei cedo para o atendimento e fui analisar as benfeitorias que motivou tanto tempo fechado. Podem acreditar. Nada havia mudado. Minto. Fecharam uma porta nos fundos do prédio e observei na antiga placa na pequena sala onde são distribuídos os remédios, a frase promissora acima. Pensei, já que é fácil e estou com a receita do pronto socorro vou constatar isso. Chamei a atendente e ela me explicou que eu teria que levar a receita na assistente social para autorização que, naquele horário, 8 horas da manhã, ainda não havia chegado. A moça ainda perguntou o nome do medicamento. Ao responder ela me comunicou que não tinha aquele produto. Desde a última consulta, antes da reforma, que esse bendito remédio está em falta. Que droga! E olha que é um remedinho bem básico, comum, para quem sofre de hipertensão, o propanolol. Lembro como se fosse hoje que quando fui com a receita a este mesmo guichê receber o medicamento necessário ao controle da doença, a resposta negativa foi a mesma, igualzinha a de hoje, depois da reforma.

Enquanto espero na fila para marcar uma consulta com a única médica do posto, fico olhando atentamente para ver mudanças, melhorias. O lugar sempre foi bem conservado, pintura nova, muitos funcionários circulando. E continua tudo igual como antes. Ah lembro que tinha uns brinquedos de plásticos que entretinham as crianças. A moça avisou que só ia marcar consulta depois do dia 20 de março. Só estava atendendo o pediatra.  Pude constatar que o problema é falta de médicos, dentistas, de profissionais de saúde. Os pacientes, pacientemente, esperam sentados nas cadeiras espalhadas pelo corredor.

Fora a porta dos fundos e a frase “remédio fácil” na placa posso garantir que nada, nada mesmo foi reformado. Voltei ao posto para atendimento e perguntados sobre as reformas alguns funcionários respondem prontamente: “o que mudou foi a instalação elétrica que é toda nova”. Será?

*Jornalista

quarta-feira, 11 de março de 2009

Cabelos na chapa, neurônios fritos

Elza Souza*

Não adianta. Uma coisa é cabelo liso. Outra coisa é cabelo alisado. Essa mania de cabelo espichado na chapa quente virou maluquice. Mulheres com cabelos crespos estão em extinção. Elas pagam qualquer preço por qualquer método que dê um jeito no que chamam de “cabelo ruim”. Até bondosas mães estão transformando os cabelos ondulados das crianças em fios eriçados e queimados até as suas entranhas. Recentemente, uma mãe, esposa de um artista que faz parte de uma dupla de cantores, atendendo exigência dos filhos menores de doze anos, passou a chapa na cabeça de um menino e uma menina. –Ah porque eu queria ficar igual a minha colega, disse a menina.

Os pais alegaram ter consultado o pediatra antes de permitir a sandice e foi usado um produto “mais fraco”. Médicos responsáveis e preocupados com a saúde dos pacientes desaconselham o uso da chapa e de químicas nas crianças e dizem não existir esse jeito “fraco” para crianças. O alisamento de cabelos pode ser feito em cabeças “cascudas” de adultos mas nunca em tenras cabeças infantis.  Com a chapa são usados produtos químicos que deixam cabelo e miolo, moles, até de quem deveria ter juízo. Os adultos com cabelos encaracolados resolveram formar um mundo de “cabeças chapadas”. Uma moda de resultado duvidoso, horroroso, de extremo mau gosto. Um mundo onde a saúde é queimada até a raiz do cabelo e as mulheres se pareçam umas com as outras. Peitos, bumbuns e cabelos deixam mulheres e agora crianças parecendo um produto em série, feitos às centenas numa fábrica qualquer de Taiwan.

Tudo bem que os adultos queimem seus cabelos e seus neurônios mas deixem em paz os cabelos das crianças. Quando eles crescerem vão ter tempo de sobra para usar chapas, tinturas, secadores, defrisagens, alisamentos, banhos de chocolate. Essas coisas que “melhoram a auto estima”, dizem alguns. Então tá.

*Jornalista

quarta-feira, 4 de março de 2009

R$ 4 milhões para ciências humanas e sociais aplicadas

Com o objetivo de estimular e fortalecer a pesquisa em ciências humanas, ciências sociais e sociais aplicadas, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCT) vai destinar R$ 4 milhões para o financiamento de projetos que contribuam para o desenvolvimento destas áreas no país.

Poderão apresentar propostas até 6 de abril pesquisadores doutores com vínculo formal com instituições de ensino superior, institutos ou centros de pesquisa e desenvolvimento, públicos ou privados e que tenham sua sede e administração no país, todos sem fins lucrativos. O proponente deve estar vinculado a programas de pós-graduação ou departamento das áreas de Ciências Humanas, Sociais e Sociais Aplicadas.

Os projetos terão o valor máximo de R$ 20 mil para gastos com itens de custeio e capital e deverão ter seu prazo máximo de execução em até dois anos.

As propostas devem ser encaminhadas sob a forma de projeto ao CNPq, com o preenchimento do formulário de propostas On Line, disponível no endereço eletrônico Plataforma Carlos Chagas. carloschagas.cnpq.br . Os resultados serão divulgados em junho.
 
 
Outras informações:
Assessoria de Comunicação Social do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa)
(92)3643 - 3104